Brasil bate recorde de doadores efetivos de órgãos no primeiro semestre de 2023

O Brasil bateu o recorde de doadores efetivos de órgãos no primeiro semestre de 2023. Segundo o Ministério da Saúde, foram 1,9 mil doadores, o que possibilitou a realização de 4.377 transplantes de órgãos, como rim, fígado e coração. O índice é 16,2% maior do que o de 2022. Atualmente, 40,3 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Para conscientizar sobre a importância do ato, o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul contam com campanhas. 

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Brasil

Com o tema “Doe uma segunda chance, doe órgãos”, o Ministério da Saúde buscou reforçar a importância da conscientização sobre o ato de doar. Na maioria das vezes, o transplante pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para quem precisa da doação.

Neste ano de 2023, o Ministério da Saúde registrou aumento no número de potenciais doadores, com índice de 67,6 por milhão de pessoa, enquanto, em 2022, o número registrado foi de 62,6. O número de doadores efetivos também aumentou: de 16,5 por milhão de população (PMP) no ano passado, passou para 19 PMP neste ano, segundo dados das Centrais Estaduais de Transplantes. Outro número em crescimento no período de janeiro a agosto é o de autorização familiar, que subiu de 54,7% em 2022 para 56,6% em 2023 no mesmo período.

Para atender a demanda, a pasta aumentou a autorização de novos serviços de transplante, que passaram de 31 em 2022 para 64 em 2023, representando um aumento de 106%. Ao todo, o Brasil tem 1.198 serviços credenciados para este tipo de procedimento, entre eles, centros transplantadores. Até agosto deste ano, foram feitos 18.461 transplantes em todo país, incluindo de córnea e medula óssea. No ano passado, o total registrado foi de 16.848 cirurgias. 

Transplantes*

  • Rim – 3.930
  • Fígado – 1.574 
  • Coração – 281
  • Pâncreas/Rim – 58
  • Pulmão – 55
  • Pâncreas – 15
  • Multivisceral – 1 
  • Córnea – 10.575
  • Medula óssea – 1.972

Total – 18.461

*Atualizado em agosto de 2023

Fonte: Sistema Nacional de Transplantes 

Investimento

O processo, desde a doação até o transplante, é regulado, controlado e monitorado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O órgão também assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. Com os números do Sistema, o Ministério da Saúde também anunciou um investimento entre 40% e 80% nos procedimentos relacionados a transplantes de órgãos e medula óssea, contemplando procedimentos pré e pós-transplante, além do tratamento de intercorrências pós-transplante. O impacto pode chegar a R$56 milhões. 

Cenário gaúcho

O governo do Estado lançou, ainda no final de agosto, a campanha “O Amor Vive”, que busca sensibilizar a população sobre a doação de órgãos e tecidos para transplantes. No Rio Grande do Sul, foram contabilizados 186 doadores efetivos até agosto deste ano. No mesmo período, foram realizados 474 transplantes de órgãos e 884 de tecidos. Atualmente, mais de 2,6 mil pessoas aguardam na lista de espera. 

Transplantes*

Órgãos

  • Rim – 339
  • Fígado – 101
  • Pulmão – 25
  • Coração – 8
  • Fígado/Rim – 1

Total – 474 

Tecidos

  • Córnea – 503
  • Osso – 266
  • Esclera – 103
  • Pele – 12

Total – 884

*Atualizados em agosto de 2023

Lista de espera dos receptores*

  • Rim – 1.241
  • Córnea – 1.193
  • Fígado – 161
  • Pulmão – 66
  • Coração – 15

Total – 2.676

*Atualizado em 25 de setembro de 2023

Fonte: Central de Transplantes do Rio Grande do Sul

Como ser um doador? 

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar, pois somente com a autorização dos familiares a doação pode ser efetivada. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. O Ministério da Saúde reforça que a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. Além disso, o sistema é auditável, sendo possível a apuração de qualquer atualização incorreta na lista de transplantes.

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