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Agravamento da pandemia fez necessária ampliação de leitos clínicos

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Espaço no Hospital Casa de Saúde já operava na segunda-feira com pacientes Covid

O ano de 2020 chegou ao fim sem que os leitos clínicos fossem um problema. Mas, além de aumentar a necessidade de cuidados intensivos, o aumento de casos resultou no crescimento da necessidade por leitos em casos não tão graves. O Caridade chegou a pedir socorro, no mês passado, a outras instituições, para conseguir amparar todos os pacientes. Na retaguarda, Casa de Saúde e Unimed tem atuado com um total 24 leitos leitos clínicos.

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A Casa de Saúde preparou uma ala emergencial equipada desde o ano passado e que ficou de retaguarda caso a situação de internações se agravasse, o que acabou acontecendo. No hospital, são 11 leitos clínicos disponibilizados, sendo que, até a tarde de terça-feira, 9 já estavam ocupados. Conforme a administração, há possibilidade de ampliação do espaço nas próximas semanas.

Já no Hospital Unimed, o planejamento inicial era de que os 12 leitos clínicos Covid ofertados pela instituição ficassem isolados, em quartos separados, mas como a demanda nos últimos dias cresceu, foi preciso colocar mais de um leito por quarto, tornando o leito semi-privativo, segundo o diretor técnico, Claudio Azevedo.

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Anteriormente, os pacientes com sintomas suspeitos de Covid-19 estavam sendo atendidos no Posto de Triagem, em um contêiner, com entrada pela Rua Barão do Triunfo. No entanto, os atendimentos de casos suspeitos são, desde 27 de fevereiro, pelo Pronto-Atendimento 24h da Unimed, com entrada pela Rua Venâncio Aires. Conforme Azevedo, o Pronto-Atendimento (PA) da Unimed tem atendido, em média, mais de 100 casos por dia, mais do que o dobro e relação ao final do mês anterior. O PA conta com 13 leitos de observação, que, segundo o médico, estão quase vazios na manhã desta segunda-feira.

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OUTRAS DOENÇAS
Os atendimentos pediátricos e de pacientes sem sintomas Covid estão sendo feitos no Complexo de Atendimento da Rua Venâncio Aires. Ainda conforme Azevedo, na próxima semana, uma nova plataforma para teleconsulta pediátrica será lançada pela Unimed de Santa Maria, visando dar mais segurança aos pacientes com menos de 18 anos.

- Notamos que a procura por atendimento pediátrico diminuiu um pouco, e achamos que muitos pais estejam com medo ou receio de se dirigir até o local para procurar pelo serviço, mesmo que o atendimento para as crianças seja separado. Então optamos por disponibilizar esse canal aos nossos usuários - disse.

Relação de leitos com bandeira já teve outros momentos críticos
A bandeira preta que foi hasteada no Rio Grande do Sul quando a proporção de leitos de tratamento intensivo ocupados para leitos livres não indicava segurança ao sistema de saúde. Ao mesmo tempo, o Estado acionou no nível 4 do Plano de Contingência Hospitalar. Isso quer dizer que hospitais podem atender além dos 100% de ocupação e internar pacientes em áreas como salas de recuperação e UTIs semi-intensivas. Conforme a assessoria do governo estadual, enquanto a situação permanecer assim a bandeira preta vai seguir em vigor na tentativa de evitar um colapso maior do sistema de saúde.

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Nesse cenário, novos leitos precisaram ser abertos. Porém, esta não foi a primeira vez que unidades foram inauguradas para combater o avanço da pandemia. Em julho de 2020, o temor era a bandeira vermelha - de risco alto de contágio.

À época, nove regiões receberam a classificação. O motivo que levou Santa Maria para o vermelho foi, inicialmente, as internações em alta. Porém, como os caso ativos eram poucos, a cidade pôde voltar ao laranja.

- A demanda por internações está crescendo com menor velocidade nas últimas semanas. Isso é positivo, mas não é suficiente, porque continua crescendo. E a capacidade de ampliação de oferta não consegue ter a mesma velocidade que a demanda - disse o governador Eduardo Leite (PSDB) na época.

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Depois dessa rodada, o governo estadual acatou maior participação das prefeituras no Distanciamento Controlado. A partir da rodada seguinte, iniciou o modelo de cogestão, com protocolos regionais menos rígidos. A cogestão está suspensa até 22 de março em todo Estado.

A possibilidade de enviar recurso à classificação veio ainda antes. Em junho, Santa Maria havia recebido a bandeira vermelha. A aposta da prefeitura, do comércio e dos hospitais foi a contabilização de sete novos leitos de UTI no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Foi suficiente para o retorno da região de Santa Maria à bandeira laranja.

Há um ano atrás, situação em Santa Maria era "tranquila"
Se em março do ano passado a cidade começou a criar leitos para pacientes com Covid-19, a mobilização girou em torno de se antecipar à possibilidade de um colapso hospitalar, situação que chegou a ser realidade em outros países onde o coronavírus chegou antes do Brasil. Na época em que o Diário noticiou a abertura dos primeiros leitos, quase nenhum deles era ocupado por pacientes.

O COMEÇO DA ALA COVID-19

  • Em 16 de março, a Unimed abriu as primeiras instalações com isolamento, na época com 30 leitos clínicos
  • Em seguida, foi o Hospital de Caridade, que começou a operar em 23 de março
  • Em 6 de abril, o Husm recebeu o primeiro paciente na ala Covid-19
  • Após pedido da comunidade e do Ministério Público Federal (MPF), além da mobilização política, o Hospital Regional abriu os primeiros leitos em 28 de abril

Expediente: Ian Tâmbara, Gabriela Perufo, Dandara Flores Aranguiz e Leonardo Catto

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