Husm realizou 24 transplantes de medula óssea em 2023; entenda como funciona e como ser um doador

Husm realizou 24 transplantes de medula óssea em 2023; entenda como funciona e como ser um doador

Foto: Lauro Alves (Diário/Arquivo)

Quem doa sangue, por via de regra, é questionado se também deseja ser voluntário no processo de medula óssea. Em caso positivo, o hemocentro faz a coleta de uma amostra de sangue para dar encaminhamento às próximas etapas, que também envolvem o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), criado em 1993, com o intuito de reunir informações daqueles que desejam doar e precisam de um transplante. Em Santa Maria, o Hospital Universitário (Husm) faz a coleta e o transplante – em 2023, foram 24 (leia mais abaixo).

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Como funciona

A doação pode ser feita por alguém da família ou não. Em caso de parente que seja 100% compatível, o transplante já é realizado. Se não, é feita uma busca no banco de dados do Redome para que o receptor ache alguém compatível. Segundo informações do Redome, a partir disso é traçada uma lista de possíveis doadores. Por consequência, contatos são feitos com os doadores para outros exames e coleta da medula. Em caso de não se encontrar um doador brasileiro, a busca começa a ser internacional.

Todo o processo é anônimo, desde a doação até a transfusão. Depois de um período, é possível que doador ou receptor busquem a quebra do anonimato para saber estado de saúde, ou quem fez a doação. Tudo é assinado e orientado pelo Redome.

Há alguns requisitos para ser doador:

  • Ter entre 18 e 35 anos; o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade;
  • Um documento de identificação oficial com foto;
  • Estar em bom estado geral de saúde;
  • Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea, conforme lista disponível

Doações no Husm

No Husm, em 2023, foram feitas 33 coletas de medula óssea. Deste número, foram 24 transplantes realizados no próprio hospital. 

Do total de coletas, cinco foram de doadores já cadastrados no Redome e encaminhadas:

  • Duas para os Estados Unidos
  • Uma para a Itália
  • Uma para a Argentina
  • Uma para outro hospital no Brasil

Métodos de doação

Conforme o Redome, são dois os métodos de doação: punção ou aférese. Quem decide a forma são os médicos assistentes.

Punção

Neste modo, realizado com anestesia, a medula óssea é tirada do interior do osso da bacia com punções. É preciso internação durante 24h. No local da punção pode ocorrer dor. A recuperação é de 15 dias.

Aférese

Já na aférese, o doador deve fazer uso de medicação por cinco dias. Isso tem o objetivo de aumentar a produção de células-tronco que circulam no sangue. O doador pode sentir dor óssea e muscular, e também cefaleia, de acordo com informações do Redome. A doação é feita por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue de duas veias do doador, uma em cada braço, ou uma veia profunda. Neste caso, não é preciso internação nem anestesia. É possível ter náuseas, dormências, sensação de frio e hematomas no local.

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