“É fundamental atingirmos 90% de vacinação nos grupos prioritários”, diz técnica do Cevs sobre internações e óbitos por gripe no RS

Fotos: Beto Albert (Diário)

A campanha de vacinação contra a gripe começou oficialmente nesta segunda-feira (25) no Rio Grande do Sul. Em 2024, o Estado já registra um aumento nas internações por causa do vírus. São quase oito vezes mais casos que no mesmo período do ano passado. Nos índices de óbitos em decorrência da gripe, também há crescimento nos números. 

+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia

Hospitalizações e óbitos

Quando levam a hospitalizações, as síndromes gripais, como a do vírus influenza, são classificadas como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Em 2023, foram registrados 17 casos desse tipo causados pela gripe nas 10 primeiras semanas do ano. Neste ano, foram 135. 

Com relação aos óbitos, foram dois durante o ano passado. Em 2024, sete mortes já confirmadas até o momento.

Para a técnica do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Letícia Martins, a vacinação é a principal saída para impedir os avanços da doença no Estado. 

– É fundamental atingirmos a cobertura vacinal de 90 % da população dos grupos prioritários para reduzir essa tendência de aumento de hospitalizações e óbitos pela gripe – afirma a profissional. 

Leia também:

Cobertura vacinal

No ano passado, o Rio Grande do Sul ficou com coberturas abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde para a campanha contra a gripe:

  • Crianças – 43%
  • Idosos – 62%
  • Gestantes – 54%
  • Puérperas – 49%
  • Trabalhadores da saúde – 54%
  • Povos indígenas – 58%
  • Professores – 52%

A meta para 2024 é imunizar pelo 90 % dos seguintes grupos prioritários: crianças, gestantes, puérperas, pessoas com mais de 60 anos e povos indígenas. Para os demais grupos prioritários, como não há estimativa populacional para os referidos grupos, não é possível definir meta de cobertura vacinal.

Vacinação

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo de elevada transmissibilidade. A doença pode ser causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais em humanos. Inclusive, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009 com a pandemia de influenza A (H1N1)pdm09. 

Por conta disso, as vacinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são trivalentes, contando com uma combinação de três tipos (cepas) de vírus influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. O esquema vacinal é em dose única, a não ser para as crianças menores de nove anos que nunca fizeram essa vacina, devendo receber duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Os casos podem variar de quadros leves a graves da doença, podendo levar ao óbito. A estimativa de pessoas a serem vacinadas no Rio Grande do Sul este ano, conforme os grupos prioritários, é de 4.973.674 habitantes. A definição dos grupos elegíveis leva em conta aquela parcela da população com maiores chances de agravamento em caso de infecção pelo vírus ou que estão mais expostas a ele.  A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, como a contra a Covid-19.

Os grupos prioritários para a campanha e as respectivas estimativas populacionais no RS são:

  • Crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade) – 643.582
  • Pessoas com 60 anos ou mais – 2.193.416
  • Gestantes – 90.707
  • Puérperas – 14.911
  • Povos indígenas – 29.330
  • Trabalhadores de saúde (em atividades na assistência, vigilância, apoio, cuidadores, doulas/parteiras e estudantes prestando atendimento em serviços de saúde) – 453.057
  • Pessoas com deficiência permanente – 464.688
  • Adolescentes em medidas socioeducativas – 1.249
  • População privada de liberdade – 33.699
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade – 6.745
  • Pessoas com comorbidade – 665.072
  • Professores – 153.385
  • Forças armadas – 38.899
  • Pessoas em situação de rua – 4.128
  • Forças de segurança e salvamento – 28.178
  • Caminhoneiros – 128.564
  • Trabalhadores de transporte coletivo – 29.034
  •  Trabalhadores portuários – 4.051

*com informações da SES

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Estado atinge marca de 40 mortes em decorrência da dengue; uma das vítimas é da região Anterior

Estado atinge marca de 40 mortes em decorrência da dengue; uma das vítimas é da região

UBS de Santa Maria oferece atendimento de reiki semanalmente; saiba como agendar Próximo

UBS de Santa Maria oferece atendimento de reiki semanalmente; saiba como agendar

Saúde