O presidente da Associação dos Transportadores Urbanos de Santa Maria (ATU), Luiz Fernando Maffini, reiterou nesta sexta-feira pedido de cálculo da passagem urbana "em caráter de urgência". Maffini diz ser preocupante o silêncio da administração municipal quanto ao pedido da ATU por um novo cálculo da planilha de custos, que é considerada a primeira etapa para o reajuste. Segundo ele, as empresas que compõem o Sistema Integrado Municipal (SIM) fizeram, ao longo dos últimos anos, uma série de adequações pedidas pelo prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e, conforme Maffini, "a prefeitura, no mínimo, deveria reconhecer os avanços e conceder o reajuste".
_ Há um desequilíbrio econômico e financeiro, o que contraria todas as regras dos contratos públicos e da legislação vigente. Depois de termos feito tantas melhorias, a prefeitura, no mínimo, deveria sinalizar com o nosso pedido de nova tarifa _ alega Maffini.
O empresário é enérgico ao falar na postura da Secretaria de Mobilidade Urbana, comandada por Miguel Passini. Para Maffini, a pasta "anda a passos lentos e é vagarosa para realizar os cálculos tarifários". Com o novo protocolo, feito nesta sexta na secretaria, Maffini espera que a administração municipal não deixe a ATU "no vácuo".
Do lado do Executivo, o chefe de Gabinete, Ony Lacerda, diz que o assunto deve ser tratado quando o prefeito Schirmer retornar das férias, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira.
_ Esse é um tema que deve ser tratado pelo prefeito Schirmer. O prefeito em exercício (em referência a José Farret) tem conhecimento desse protocolo, mas ele disse que não examinará a questão agora. Até porque esse é um assunto que também deve ter a atenção do secretário Passini (Miguel Passini, titular da Mobilidade Urbana) que também está em férias.
Elevação do diesel, custo com insumos e reajuste salarial devem elevar passagem para, no mínimo, R$ 2,70
Maffini acredita que o novo valor da passagem não deva ficar abaixo de R$ 2,70. Até porque, segundo ele, as cidades do porte de Santa Maria têm uma tarifa média em torno deste valor.
_ Esse, no nosso entendimento, deve ser o valor mínimo. Temos uma série de gastos: despesas com combustíveis e com insumos, como peças, pneus e acessórios. O preço do diesel foi reajustado quatro vezes entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. Além do que temos de trabalhar com a data-base de reajuste salarial dos servidores. Tudo isso encarece o custo do transporte. Agora, a prefeitura deve se sensibilizar e sair da morosidade em que se encontra _ avalia Maffini.
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