criminalidade

VÍDEO: apreensão de cocaína e drogas sintéticas cresce em Santa Maria

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Foto: Polícia Civil (Divulgação)

O tráfico de drogas sintéticas e de cocaína tem alcançado altos índices em Santa Maria. De um ano para cá, a apreensão de cocaína na cidade dobrou, e os números de ecstasy apreendidos subiram de 36 comprimidos em 2018 para 785 até outubro de 2019. Em se tratando de LSD, ano passado nada foi apreendido; neste ano, foram 81 pontos. 


De acordo com a delegada Alessandra Padula, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o salto na apreensão das drogas sintéticas ocorreu a partir de uma percepção por causa do perfil jovem da cidade. Segundo a delegada, a maioria dessas drogas apreendidas seria comercializada em festas. A tendência é de que esse número cresça ainda mais até o fim do ano.

- No ano passado, tivemos uma apreensão maior de maconha. Neste ano, o cenário mudou um pouco, com foco em drogas sintéticas e cocaína. Os números de apreensões são altos, mas sabemos que o que a gente pega é um número muito pequeno se comparado ao que é distribuído por aí.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">O vendedor de ecstasy e LSD tem perfil diferente de um vendedor de maconha ou crack, salienta a delegada. As diferenças principais são o fato de o traficante dos entorpecentes sintéticos não ser ligado a facções criminosas, não ter antecedentes criminais e não andar armado - o que leva o consumidor a crer que seja menos perigoso. O comércio não ocorre em lugares fixos. Enquanto nas drogas convencionais há pontos de venda e grupos travam disputas pelo domínio dos locais, no caso das sintéticas, se dá de forma itinerante. 

- O tipo de investigação desse crime, que envolve drogas sintéticas, é diferente. Os traficantes e consumidores são, geralmente, pessoas mais ricas, pelo alto preço dessas drogas. Quando são pegos, eles acham que não são traficantes. Ainda se tem essa ideia de que traficante fica só em zonas de periferia, mas não é bem assim. Muitos casos envolvem pessoas bem de vida, em apartamentos e casas centrais. Envolve outro nível da sociedade. Eles negociam pelas redes sociais, não deixam muitos rastros que não sejam pela internet - afirma Alessandra.  

*Dados de apreensões da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco)

MERCADO PROMISSOR
De acordo com a Alessandra, o público de estudantes e a posição geográfica central de Santa Maria, entre outros fatores, favorecem a ilegalidade.

- Santa Maria é um mercado muito promissor dentro do Estado. A gente tem muito jovem, tem uma rota muito fácil para qualquer lugar do Estado. Além de ser um mercado consumidor muito bom, abastece muitas cidades da região - resume a delegada

A delegada destaca que os índices de apreensões vêm crescendo também em outras cidades da região como São Sepé, Tupanciretã e Agudo. Segundo ela, o fato de serem cidades menores e com menos policiamento atrai os criminosos a esses locais.

- São cidades que também são estratégicas pela localização central e de fácil acesso pelas rodovias. Cada vez mais as organizações criminosas saem de cidades grandes, como é o caso de Santa Maria e de municípios da Região Metropolitana, com destino a cidades pequenas, onde conseguem se esconder das forças de segurança - destaca

MAIORES APREENSÕES 

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Em 11 de outubro, a Draco realizou a maior apreensão de drogas sintéticas do ano na cidade. O caso aconteceu em um casa no Centro, próximo ao Parque Itaimbé. O proprietário da residência não estava no local no momento das buscas. Na casa, os policiais também encontraram diversos ingressos para festas eletrônicas, locais onde as investigações acreditam que as drogas seriam vendidas.

De acordo com a polícia, a ação, intitulada Operação Pachamama, apreendeu 755 unidades de ecstasy, 81 unidades de LSD, três quilos de maconha, 74 cápsulas de MD, 170 gramas de MD em pó e pedra, uma pistola e munições, um simulacro de submetralhadora e R$ 5 mil em dinheiro.  

Em relação à cocaína, a maior apreensão aconteceu em julho, quando a investigação chegou até um laboratório, com sede em Canoas, que abastecia a Região Central. Nessa investigação, foram apreendidos 21,4kg de cocaína pela Draco, além de 6,2kg de crack.

*Colaborou Janaína WIlle

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