Vaca usada em pesquisa é furtada, e outra ferida em clínica da UFSM

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

Cada vez mais frequente, o furto de animais na UFSM voltou a preocupar os alunos e professores do Departamento de Clínica de Grandes Animais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Nesta segunda-feira, eles perceberam que uma vaca prenha foi esfaqueada e que outra havia sumido.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">De acordo com o chefe do departamento, o professor Marcello Soares, as duas estavam próximas da data do parto. A vaca ferida foi esfaqueada na paleta e passou por uma cirurgia na clinica. Do roubo, ficaram apenas vestígios de sangue no campo (foto ao lado), por isso, a suspeita é de que a vaca tenha sido morta no local e a carne seja vendida pelos ladrões.

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Soares explica que os alunos do curso de Medicina Veterinária costumam exercer práticas nesses animais, como coleta de sangue e análises clínicas. É comum, também, segundo o professor, o uso de medicamentos, hormônios e até mesmo a prática de inseminação artificial nos bichos que ficam no local. Por causa disso, o professor alerta que não é recomendado o consumo da carne desses animais, e os consumidores devem sempre desconfiar na compra de carne sem procedência. 

Neste ano, já foram oito animais furtados na UFSM, segundo o professor. Só na clinica, três animais sumiram:

- Temos ainda 13 animais no nosso departamento. Vivemos num constante estado de insegurança com a retirada dos vigilantes da área. Isso é muito triste, pois esses animais são importantes para o aprendizado dos estudantes - destaca Soares.

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O caso mais recente havia sido em agosto, quando uma novilha foi roubada. Uma ocorrência será registrada nesta quarta-feira na Delegacia de Polícia Federal, que deve investigar o caso. De acordo com o delegado da PF Tiago Welfer, não foi possível descobrir a autoria de nenhum dos furtos da UFSM até agora.

- É muito difícil chegar até a autoria porque os criminosos se aproveitam do isolamento, da falta de movimento do local, que é afastado do restante da universidade. Os bandidos são bem cuidadosos e não deixam nenhuma pista. Não há câmeras de segurança e vigilantes lá, o que prejudica a investigação. 

*Colaborou Janaína Wille