investigação

Suspeito de ofender alunos no campus da UFSM nega acusação

Michelli Taborda

O suspeito de ter ofendido dois alunos, de 19 e 23 anos, dentro do campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi ouvido, nesta quarta-feira, na 4ª Delegacia de Polícia (4ª DP), que investiga o caso. De acordo com o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, titular da delegacia, o homem negou ter ofendido os alunos, na tarde do dia 10 deste mês, enquanto os dois caminhavam pelo campus, em direção a uma agência bancária.

- Nós mostramos as imagens das câmeras de monitorando e ele admitiu que era ele que aparecia no vídeo. Entretanto, ele negou que tenha ofendido esses alunos, e disse que apenas fez uma brincadeira, pedindo o número do telefone da menina - comentou o delegado.

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Logo após ser ouvido, o homem foi liberado. Firmino esclarece que já foram ouvidas uma das vítimas e outras testemunhas que teriam presenciado a cena. Agora, a polícia aguarda o depoimento da outra vítima, que deve acontecer nos próximos dias, para poder concluir o inquérito.

O CASO
A denúncia de injúria qualificada dentro do campus foi registrada na Polícia Civil, na tarde de 10 de outubro. Conforme a ocorrência, dois universitários da instituição afirmaram que, quando estavam próximos a um banco que fica no campus, teriam sido xingados por um outro rapaz com frases racistas. O homem estaria recolhendo o lixo, e teria chamado os estudantes de negros sujos e macacos e mandado-os lavar o cabelo: "seus nego sujo, vai lavar esses cabelo, macaco fedido". Eles teriam ainda sido ameaçados.

OUTRAS DENÚNCIAS
Este já é o quarto caso de ofensa registrado no período de um ano na maior instituição federal de Ensino Superior do interior do Estado. Em 2017, foram três casos registrados no campus de Santa Maria. O primeiro aconteceu em 17 agosto de 2017, quando uma suástica foi desenhada em uma das paredes do Diretório Livre do Direito (DLD) e virou alvo de inquérito policial. Um mês depois, em setembro, a sala do DLD foi alvo de nova pichação de cunho racista. Na parede da sala, que fica no prédio da antiga reitoria, na Rua Floriano Peixoto, no Centro, uma frase agride diretamente alunos do curso. Em 21 de novembro do mesmo ano, o alvo foi o Diretório Acadêmico das Ciências Sociais. Os três casos registrados no ano passado são investigados pela Polícia Federal. 

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