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Suspeito de mostrar órgão sexual para menina de 3 anos pode não ser responsabilizado pelo crime

João Pedro Lamas

A Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) investiga o caso em que homem de 31 anos é suspeito de ter mostrado o órgão sexual para uma menina de 3 anos dentro de uma loja no Centro de Santa Maria. O caso aconteceu na última quinta-feira. Mesmo tendo sido detido pela Brigada Militar (BM) e levado à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), ele pode não ser responsabilizado pelo crime.

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De acordo com a delegada Luiza Souza, titular da DPCA e responsável pela investigação, no dia do crime, a vítima "se evadiu" da delegacia de polícia, ou seja, foi embora antes da conclusão do documento formal que serve como pré-requisito para que um inquérito policial investigativo possa ser instaurado.

- E (ela) não quer vir prestar depoimento do que ocorreu, já que é vítima. Sequer a identificação dela ela quis dar - disse a delegada.

Ela explica ainda que "para qualquer crime é necessário ter vítima" identificada, o que a polícia não consegue formalizar para iniciar uma investigação oficial, e que pode resultar na responsabilização ou não dá pessoa suspeita, conforme demanda a legislação brasileira.

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- Vamos tentar conversar com ela na semana que vem - afirmou a delegada.

O CRIME

De acordo com a Brigada Militar (BM), o crime aconteceu dentro uma loja na Rua Dr. Bozano na tarde daquele dia. A mãe da menina contou aos policiais militares que ela estava junto dela na loja quando viu o que o suspeito estava fazendo: o homem estava com o pênis para fora das calças próximo da sua filha.

Com o flagrante, o suspeito teria se surpreendido e corrido para fora do estabelecimento para, em seguida, entrar em outro, uma padaria.

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A mãe da menina pediu ajuda das pessoas que estavam no estabelecimento, que imobilizaram o suspeito e lhe trancaram no banheiro da padaria. Em seguida, a BM foi acionada.

O homem recebeu voz de prisão dos policiais. Ele foi levado para a DPPA, onde foi feito o registro do caso como "importunação sexual". Em seguida, foi liberado.

A reportagem divulgou que ele responderia pelo crime em liberdade, conforme divulgado pela Polícia Civil inicialmente, mas diante das negativas da vítima em prestar depoimento, não é possível levantar as provas necessárias para a responsabilização do suspeito, já que foi ela quem viu o crime. Assim, oficialmente, não há crime.

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