Dinamite em banco na Quarta Colônia

Silveira Martins viveu horas de tensão após tentativa de assalto à agência bancária

Pâmela Rubin Matge, Especial

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Uma tentativa de furto a uma agência do Banrisul, em Silveira Martins, alterou a rotina da cidade desde as primeiras horas da madrugada de segunda-feira. A ação frustrada dos criminosos teve início por volta das 3h e o clima de tensão na cidade só acalmou por volta das 17h, quando o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) retirou do interior da agência um artefato explosivo. Os bandidos tentaram explodir os caixas eletrônicos, mas uma falha na detonação impediu a explosão.

De acordo com a Brigada Militar, por volta das 3h, uma ligação à polícia teria informado uma anormalidade em frente à agência.  Os policiais teriam ido até o prédio e não encontraram nada. Por volta das 6h, ao passarem mais uma vez em frente ao banco, encontraram a porta da frente quebrada e, no interior da agência, um material com características de explosivo. A área foi isolada e moradores vizinhos ao banco foram retirados do local.

Os bandidos também lançaram miguelitos (artefatos pontiagudos) em frente ao posto policial de Silveira Martins para tentar impedir a ação da Brigada Militar. De acordo com o delegado Sandro Meinerz, as pessoas envolvidas no crime demonstraram falta de experiência.
- O comportamento dos criminosos pode ser um indicativo de que não se trata de uma quadrilha especializada, pois não conseguiram e fugiram do local. Isso é comum em cidades pequenas, que ficam vulneráveis, já que o efetivo policial é reduzido - explica Meinerz.

O delegado ainda pontuou a importância dos municípios e das instituições investirem na colocação de câmeras de vigilância. O banco não tem sistema de monitoramento interno e também não há câmeras na rua em frente ao local.

Artefato foi explodido em um campo de futebol

Pouco antes das 14h, o Gate chegou para desarmar o artefato. Eles retiraram o material da agência e o levaram para um campo de futebol, distante cerca de 500 metros do banco. Moradores observaram a ação dos policiais de longe, em um área de isolamento. O trabalho de retirada até a explosão durou cerca de três horas. Um policial entrou na agência, examinou o artefato e o fotografou. Depois, retirou o material o colocando em um tonel e o levando ao campo de futebol. Lá, o explosivo foi colocado dentro de um buraco e detonado.

De acordo com o capitão do Gate, Glenio Argemi, se tratava de um explosivo industrial. O artefato é semelhante ao utilizado em pedreiras. Segundo ele, a detonação do material poderia ter explodido o terminal de pagamento.

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