Julgamento

Sete pessoas serão julgadas por crime relacionado a tráfico de drogas na região

Sete pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) em Santiago começarão a ser julgadas em 16 de agosto pelo envolvimento na morte de Daniela de Freitas Falcão e na tentativa de assassinato de seu companheiro, Douglas Garcia Monteiro, em 2021.


O júri está marcado para começar às 8h30min no Fórum da Comarca de Santiago e deve se estender por até dois dias, estimam os promotores de Justiça que atuarão em plenário, Francisco Saldanha Lauenstein e Silvia Inês Miron Jappe. 


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Serão ouvidas 11 testemunhas (cinco do MP-RS e seis da defesa) antes do interrogatório dos réus e logo após, se iniciarão os debates. Ministério Público e defesa terão 2h30min cada para se manifestarem. Se tiver réplica e tréplica, o tempo será de 2h cada.


Os réus Marcos André da Fonseca Teles, Rafael Guimarães Garcia, Igor Thomaz Amaral Corrêa, João Vitor Pereira dos Santos, Matias Moreira da Cruz e Paulo Roberto Peixoto de Lima respondem por cinco crimes:homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), posse de arma de fogo com numeração suprimida, posse de arma de fogo e munições de uso permitido, além de associação criminosa


O sétimo réu, Igor Guedes Freitas, é acusado de associação criminosa, por ter se associado ao grupo. Todos estão presos.


O crime

Daniela foi morta a tiros e Douglas, baleado no tórax, axila e ombro na noite do dia 30 de abril de 2021, na Rua Carlito Mazoni, Bairro Jardim dos Eucaliptos, em Santiago. Obedecendo ordens enviadas por Marcos André de dentro da Cadeia Pública de Porto Alegre, os réus Igor Thomaz, João Vitor, Paulo Roberto e Rafael se deslocaram da Capital para Santiago com o único intuito de matar as vítimas.

Naquela noite, o grupo se encontrou com Matias e recebeu dele as armas utilizadas no ataque. Então, os quatro foram até a residência do casal e abriram fogo. Depois, Matias, a mando de Marcos André, ocultou o revólver utilizado no crime, cuja numeração estava suprimida.


Expansão das facções para o interior

Os promotores de Justiça alertam que esse crime é mais uma amostra da expansão para o Interior das facções que atuam em Porto Alegre e na Região Metropolitana. 


– O mandante estava preso em Porto Alegre e de lá ordenou as execuções em razão de disputa de território, buscando o domínio do tráfico de drogas naquele bairro - comentou a promotora Silvia Inês Miron Jappe.


– É um tipo de júri que não é comum em Santiago, por envolver facções e execução por conta do tráfico de drogas. Até por isso esse crime chamou tanto a atenção da comunidade, pois é um fato com o qual a comunidade de Santiago não está acostumada – complementou o promotor Francisco Saldanha Lauenstein.


Por esse motivo, o homicídio consumado e o tentado foram qualificados por motivo torpe. O recurso que dificultou a defesa se caracteriza pelo fato de os denunciados, em superioridade numérica e com armas em punho, terem invadido a residência de surpresa e disparado contra os alvos.


*Com informações do MP-RS.

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