Polícia investiga participação de dois suspeitos em morte de transexual

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Nemer da Silva Rodrigues, a Mana, foi a segunda vítima de homicídio em menos de 24 horas na cidade

A Polícia Civil de Santa Maria suspeita que duas pessoas tenham participado do assassinato da transexual Nemer da Silva Rodrigues, a Mana, de 37 anos. Mana foi morta por volta das 22h deste sábado, nas imediações do Ginásio Oreco.

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Segundo o delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), imagens de câmeras de segurança do local estão sendo analisadas mas não foram divulgadas. A perícia concluiu que a trans foi atingida por 13 facadas. 

DOIS CASOS
Esse foi o segundo caso de mulher trans morta neste final de semana. Na madrugada de sábado, Carolline Dias foi assassinada a tiros próximo da esquina das avenidas Presidente Vargas e Borges de Medeiros. O delegado acredita que não haja relação entre os dois casos.

- Muito cedo para conclusões acerca da motivação. As investigações preliminares não indicam, por enquanto, relação entre os casos. Ressaltamos que a forma de execução e o tipo de arma, de fogo e branca, respectivamente, são diferentes nos dois homicídios. Por ora, sem suspeitos nos dois homicídios. Estamos trabalhando intensamente para que os crimes sejam elucidados - destaca Zanella.

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REPERCUSSÃO
Marquita Quevedo, militante e fundadora da ONG Igualdade,diz que amigos e familiares de Mana estão indignados com a morte violenta:

- A Mana era conhecida por todos, já concorreu a rainha do Carnaval e era muito querida na comunidade. Embora não tivesse retificação na documentação com nome feminino, era trans, se reconhecia mulher. Tudo isso nos revolta, junto desse discurso de ódio que só cresce. Não há respeito pela vida do outro. Infelizmente, viramos notícia por mais uma morte cruel. E é bom lembrar que agora transfobia é crime!

Integrante e ex-presidente da Associação de Moradores da Tancredo Neves, o servidor estadual Celso Carvalho, 57 anos, também lastima a morte: 

- Era rainha gay da Escola de Samba Trevo de Ouro e também em outro momento da Escola de Samba Imperatriz,sim sempre se portou ao convívio da comunidade. Deus a receba nos seus braços, com nossos sentimentos aos familiares.

*Colaborou Janaína Wille

A ONG Igualdade, de Santa Maria, publicou uma nota sobre o assassinato de Carolline: