Rosário do Sul

Polícia investiga morte de idosa por suspeita de omissão de socorro

Dandara Flores Aranguiz

A Polícia Civil de Rosário do Sul instaurou inquérito para investigar a morte de uma idosa de 62 anos por suspeita de omissão de socorro. O caso ocorreu no início desta semana e está sendo tratado como homicídio pela polícia. A direção do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora também abriu uma sindicância interna para apurar o fato.

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo filho da idosa, na madrugada de segunda-feira, a mãe dele, Zilda Freitas da Silva, procurou atendimento médico no Pronto-Atendimento (PA) do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora após sentir "intensa dor no peito que irradiava para os braços" e ânsia de vômito. Conforme o documento, ela foi atendida pelo médico plantonista, que teria receitado analgésico e um remédio para combater o enjoo.  

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Como a dor não passava, a idosa continuou no hospital. Segundo a família, com o consentimento da entidade, o esposo da vítima chamou um cardiologista particular para continuar o atendimento. O cardiologista teria avaliado a idosa em um ambulatório do próprio hospital e requisitado exames laboratoriais, encaminhando a paciente para uma consulta no dia seguinte em seu consultório particular, onde seria feito um eletrocardiograma. O filho, Santo André Freitas da Silva, 38 anos, conta que o pai questionou o médico o motivo de não realizar o eletrocardiograma na hora e de não internar a idosa.  

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Na manhã seguinte, Zilda acordou com os mesmos sintomas. Ela chegou a ser socorrida pelos bombeiros e encaminhada ao hospital, mas não resistiu e acabou morrendo. Após o óbito, o fato foi registrado na delegacia por omissão de socorro. 

- Porque não fizeram o eletrocardiograma ali, se estava disponível e estava funcionando? Porque o médico não internou a minha mãe? Qualquer pessoa leiga sabe que dor no peito que irradia para os braços e vômito são sintomas de infarto. Ela saiu do hospital na segunda e fizemos todos os exames solicitados, meu pai comprou os remédios receitados. Terça de manhã, meu pai me ligou dizendo que a mãe estava mal e que ia levar ela para o hospital, mas não deu tempo. Cheguei na casa deles, e ela já estava sem pulsação, comecei a fazer massagem cardíaca até o socorro chegar, mas ela já chegou sem vida no hospital - relatou o filho à reportagem do Diário.  

Segundo o filho, no atestado de óbito de Zilda (assinado pelo mesmo médico cardiologista que a atendeu de forma particular no hospital) consta infarto agudo do miocárdio como a causa da morte.  

- Porque não internaram a minha mãe para dar um diagnóstico melhor? Eu não sou médico, mas esse caso era de internação, no meu ponto de vista. O que aconteceu foi omissão de socorro. Minha mãe passou por dois médicos e mesmo assim ninguém fez nada. Eles deveriam ter se preocupado mais, tomado medidas para que a vida dela fosse mantida - conta Silva.  

A família diz que está juntando provas para apresentar à Polícia Civil. Conforme o delegado Fabio Miguez, responsável pela investigação do caso, nenhuma testemunha foi ouvida ainda.  

O QUE DIZ O HOSPITAL 

O Diário buscou um posicionamento da direção do Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, que se limitou a responder que uma sindicância interna já foi aberta para apurar o fato. 

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