Polícia Militar

Polícia de São Paulo faz operação contra assassinos de PM santa-mariense e divulga foto de suspeito do crime

Polícia de São Paulo faz operação contra assassinos de PM santa-mariense e divulga foto de suspeito do crime

Foto: Reprodução

Soldado Patrick Bastos Reis, 30 anos, foi morto com um tiro durante o serviço na última quinta-feira em Guarujá, no litoral paulista

O tiro que matou o policial militar santa-mariense Patrick Bastos Reis, 30 anos, foi disparado a uma distância entre 5 e 70 metros de distância por um traficante. A informação é da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, onde o soldado atuava.

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Integrante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Reis foi morto na última quinta-feira, 27, durante um patrulhamento na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo. O projétil de calibre 9 milímetros atravessou o peito do PM. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, 39 anos, que o acompanhava, ficou ferido sem gravidade.


A imprensa paulista informa que ao menos um homem, identificado pela polícia como um dos cabeças do tráfico no Guarujá, morreu e outros dois foram presos em uma operação para solucionar o crime realizada na sexta-feira (28).


– Importante dizer que foi um projétil disparado por 50 e até 70 metros de distância. Disparado por um projétil calibre 9 mm. Provavelmente o mesmo disparo que acertou um policial. Entrou no ombro do soldado Reis e levou a óbito - afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.


De acordo com a investigação da polícia, o local de onde partiu o tiro que matou o PM foi identificado a partir da nota fiscal de uma lanchonete que estava com um dos suspeitos presos. Investigadores também prenderam uma mulher que exercia a função logística para os criminosos.


– Ela comprava alimentação e bebida para esses criminosos que ficavam nesse ponto mais elevado dessa comunidade e o local de onde ele disparou - informou Derrite.


A Polícia Civil de São Paulo divulgou a imagem do suspeito apontado como o "sniper do tráfico" responsável pela morte de Reis. Erickson David da Silva teria sido o autor dos disparos que alvejaram a equipe policial de Rota. O suspeito está foragido.

Procurado: Erickson David da Silva é apontado como o autor dos disparos que alvejaram a equipe policial de Rota.Foto: Polícia Civil de São Paulo


Direitos humanos

Patrick Reis era casado e deixa o filho Heitor, 3 anos. Ele nasceu em Santa Maria e cresceu no Bairro Tancredo Neves. Há alguns anos, a família se mudou para Florianópolis (SC), onde moram a mãe, a corretor de imóveis Cláudia Reis, e o pai, Carlos Reis, que possui uma empresa de reforma e manutenção de imóveis. Além de morar em São Paulo, o PM era lutador de jiu-jítsu, já tendo obtidos muitos prêmios nesse esporte e sonhava ser campeão mundial.


Neste domingo (30), Cláudia divulgou um desabafo nas redes sociais, em que pede o apoio das organizações que defendem os Direitos Humanos em favor da família:


– Convido ao Direitos Humanos virem aqui em casa ver a nossa situação. Mais uma noite sem dormir, mais um dia sem ter vontade de comer. Uma irmã minha (tia do Patrick) precisou ser hospitalizada, a avó do Patrick com quem ele morou precisa ser amparada por familiares, eu e meu marido precisamos juntar forças para cuidar do nosso neto e não estamos sabendo de onde tirar essa força. Queima o peito. Então como são Direitos Humanos, acho que podemos contar com vocês para nos apoiarem né? Estamos longe da nossa família. Nosso neto não vai mais fazer chamadas de vídeo com o pai, a mãe dele vai precisar do nosso apoio na criação do menino, nossa nora não consegue parar em pé de fraqueza. Mas os Direitos Humanos com certeza irão vir nos apoiar nesse momento difícil, porque afinal são Direitos Humanos – escreveu em suas redes sociais.


Em vídeo divulgado na última sexta, Cláudia disse que tentou trazer o corpo do filho para ser sepultado em Santa Maria, mas não conseguiu.  


Repercussão

A morte do PM Patrick Reis teve grande repercussão no país. Muitas autoridades e políticos se manifestaram sobre o crime e pediram que os responsáveis sejam punidos. Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Que Deus console sua família, parentes e amigos", escreveu no Twitter.


"Minha solidariedade aos familiares e amigos do soldado Patrick Bastos Reis, que foi morto a tiros no Guarujá, em SP. Triste ver mais um sonho interrompido pela violência: Patrick sonhava em ser campeão de jiu-jitsu e deixa sua esposa e filho de 3 anos. Que a justiça seja feita!", afirmou o deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, informou que se despediu com muito pesar do soldado Reis, de Rota, "que perdeu a vida cumprindo a missão de proteger as pessoas". Ele informou que o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, acompanha pessoalmente andamento da Operação Escudo, que está em campo ininterruptamente no Guarujá. "Todos os quatro envolvidos já foram identificados e dois estão presos. Meus sentimentos à família e aos amigos, com o compromisso de que o crime não terá trégua em São Paulo", disse.


Além do governo de São Paulo, a Assembleia Legislativa paulista também se manifestou com nota de pesar sobre o crime.

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