Inquérito que apurou a simulação de furto de armas por empresário de Cruz Alta é remetido ao Judiciário


Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A Polícia Civil remeteu ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, na segunda-feira (24), o inquérito que apurou a simulação de furto de armas em uma loja  de artigos de caça, tiro e pesca ocorrido no dia 9 de fevereiro em Cruz Alta. Na ocasião, foram roubadas 49 armas, entre pistolas, submetralhadoras, espingardas e fuzil.

Ao todo, seis pessoas, incluindo uma forte liderança do crime organizado na região e o dono da loja, foram indiciadas pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo, associação criminosa, falsa comunicação de crime, falsidade ideológica e associação para o tráfico

As investigações apontaram que o proprietário do estabelecimento teria forjado o crime, com o objetivo de desviar armas para uma facção criminosa atuante na região. Ele foi preso junto de outros três homens no dia 17 de fevereiro, durante a operação “Senhor das Armas”, ocasião em que um adolescente suspeito de envolvimento no crime também foi apreendido. 

Conforme o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Cruz Alta e responsável pelo inquérito, delegado Ricardo Drum Rodrigues, houve graves distorções e incoerências na versão apresentada pelo empresário no dia do crime e no depoimento dado na delegacia.

Na loja de armas também foram constatadas irregularidades: pessoas com passagem pela polícia conseguiam adquirir armas e munições (o que é proibido por lei); as anotações de uso de munições no estande de tiro pertencente ao empresário eram divergentes; e armas vendidas legalmente eram falsamente indicadas como furtadas. 

As informações foram obtidas a partir de quebras de sigilo e extrações de dados de celulares e computadores, análise documental, depoimentos e atividades de campo. Conforme a Polícia Civil, somados os limites máximos, caso condenado, a pena do proprietário da loja pode chegar a 28 anos de reclusão.

A totalidade das armas desviadas na ação criminosa ainda não foi recuperada. Qualquer informação deve ser denunciado ao 197 (Polícia Civil), 190 (Brigada Militar) ou pelo celular (55) 99194-5758

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Lenon de Paula

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