Defesa de três dos quatro suspeitos da morte de mulher em suposto ritual religioso alega inocência de clientes

Quatro pessoas estão presas no Presídio de São Sepé suspeitas da morte de Zilda Correa Bittencourt, 58 anos, após um suposto ritual religioso em Formigueiro, que ocorreu na madrugada de sábado (10). Neste domingo (11), a defesa de três suspeitos, que seriam da mesma família, divulgou nota afirmando a inocência dos clientes e apontando que apenas a quarta pessoa que foi presa é que teria praticado o crime. 


Três advogadas assinam a nota em defesa de Jubal dos Santos Brum, Nayana Rodrigues Brum e Larry Chaves Brum. Segundo a defesa, os três não teriam envolvimento na morte de Zilda. 


Na nota, contudo, as defensoras dizem que o quarto suspeito, que é pai de santo, foi quem adotou "conduta determinante para a tragédia que se desenrolou". Diante desse fato, alegam que se abstiveram de representar por sua defesa. Também apontam para a possível participação de outras pessoas no caso. 


Confira a nota da defesa de Nayana Rodrigues Brum, Jubal dos Santos Brum e Larry Chaves Brum:


"É com profunda seriedade e comprometimento com a justiça que vimos a público comunicar nossa posição em relação ao recente caso envolvendo nossos clientes. Após diligente análise e escuta atenta dos relatos dos envolvidos, decidimos, de maneira consciente, assumir a defesa de apenas três dos quatro indiciados, Jubal dos Santos Brum, Nayana Rodrigues Brum e Larry Chaves Brum. Nossa escolha recai sobre aqueles em quem depositamos nossa confiança na inocência diante das circunstâncias apresentadas. Entretanto, é imperativo destacar que, em relação ao quarto indiciado, identificado como "Pai de Santo", optamos por abster-nos de representação legal. Nossa decisão é embasada na firme convicção de que sua conduta foi determinante para a tragédia que lamentavelmente se desenrolou. Cumpre ressaltar que, dada a fase inicial das investigações, reconhecemos a possibilidade da existência de outros envolvidos a serem indiciadas no curso do processo. Reiteramos, de forma inabalável, o compromisso de nossos clientes em colaborar plenamente com as autoridades judiciárias. Estamos unidas em prol da transparência e imparcialidade do processo legal, na busca incansável pela verdade e pela justiça.

Márcia Pereira da Silva, Liégy Pereira da Silva Meneghetti e Ediani da Silva Ritter, advogadas  


Até a publicação desta matéria, o homem apontando como pai de santo não teria um represente legal. 


Relembre o caso

No ritual, conforme relato da Rádio Integração, a vítima teria sido torturada, sendo agredida fisicamente com socos, tapas, pisões na cabeça, golpeada com varas verdes em diversas partes do seu corpo, tendo sua cabeça lançada contra o solo por diversas vezes e que, por fim, teria sido levada e amarrada em uma cruz até o cemitério da localidade de Colônia Antão Faria, simbolizando uma crucificação. 


A polícia investiga os envolvidos por suspeita de homicídio doloso qualificado (tortura com resultado morte) e aguarda pelo laudo pericial para apontar a causa da morte. A delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular da delegacia de São Sepé e que está respondendo por Formigueiro, disse que não pode dar mais detalhes sobre o caso devido ao protesto da categoria contra o governo Eduardo Leite (PSDB), que já dura mais de um mês. Essa manifestação tem levado os delegados gaúchos a não prestaram informações à imprensa sobre o crimes praticados no Rio Grande do Sul.  



*Colaborou Letícia Klusener

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