O Ministério Público denunciou o professor Vinícius Pompeo por estupro de vulnerável e importunação ofensiva ao pudor. Ele já havia sido indiciado pelos mesmos crimes após investigação conduzida pela Polícia Civil em agosto. Os casos vieram à tona depois que uma ex-aluna do professor usou as redes sociais para relatar situações assédio e recebeu relatos de outras meninas que diziam ter passado pela mesma coisa. As vítimas relataram que o professor dava beijos e abraços e tocava em partes íntimas do corpo delas. Os crimes investigados teriam acontecido entre 2013 e 2019, segundo a Polícia Civil, em diferentes escolas e cursinhos pré-vestibulares de Santa Maria.
O caso já está na 4ª Vara Criminal de Santa Maria. De acordo com o juiz titular da vara, Vinicius Borba Paz Leão, o conteúdo será analisado ainda nesta semana. A partir da análise do juiz, se a denúncia for aceita é aberto um processo e o professor pode virar réu.
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O indiciamento apontou quatro vítimas. Duas foram descritas como vítimas de estupro de vulnerável. Nestes dois casos, o crime se enquadra em estupro por envolver vítimas menores de 14 anos na época dos fatos. O professor deve responder ainda por importunação a uma outra menina e por ato não divulgado a uma quarta vítima, que, por ser adolescente, teve o sigilo do fato preservado. As demais foram vítimas de contravenções, já não mais tipificadas como crimes.
O Diário tentou contato com Vinícius Pompeo. Por telefone, o irmão dele disse que a família ainda não teve acesso à denúncia e que por isso o professor não irá se manifestar no momento.
A INVESTIGAÇÃO
A delegada Roberta Trevisan, que conduziu as investigações, disse que a Polícia Civil ficou sabendo dos fatos a partir do compartilhamento de vídeos pela ex-aluna e, a partir daí, começou a apurar os fatos. De acordo com a delegada, foram ouvidas mais de 50 pessoas e 21 relataram que sofreram algum tipo de violência sexual. Ainda segundo ela, nos depoimentos, não houve menção de relações sexuais, portanto as imputações foram por toques.
Em seu depoimento à polícia, o professor negou as acusações e disse que não tinha nenhuma conduta que não fosse ética.
Em caso de condenação, a pena prevista para o crime de estupro de vulnerável varia de oito a 15 anos de reclusão. Já a importunação sexual está prevista no artigo 215a como a prática de ato libidinoso sem consentimento para satisfação própria ou de terceiros com pena de um a cinco anos de reclusão.
COMO DENUNCIAR
- Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente - Rua Serafim Valandro, 360
- Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) com plantão 24h - Rua dos Andradas, 1397
- Telefone: (55) 3221-0459
- WhatsApp: (55) 98404-9140