obituário

Morreu o fabricante de laços Celso Viana Machado


Trabalhador dedicado à lida do campo, Celso Viana Machado, 76 anos, nasceu em 11 de maio de 1942, em São Miguel das Missões, no noroeste do Rio Grande do Sul a, aproximadamente, 260 quilômetros de Santa Maria. 

Ele e os irmãos Dércio, 71, Lauro, 67, Eula, 80, Nelson, Elso e Zelina foram criados no Interior de Santo Ângelo. Nelson, Elso e Zelina são falecidos.

Na fase adulta, Celso se mudou para a localidade de Rincão dos Machado, no município de Jóia, onde conheceu Elma dos Reis Machado, com quem foi casado por 25 anos.

Depois do matrimônio, Celso e Elma passaram a morar em Capão do Cipó. Eles não tiveram filhos, porém, aos sobrinhos dedicavam amor e atenção, como se fossem pai e mãe.

Para o sobrinho José Soleni da Costa Machado, ficam muitas lembranças, entre elas, de amizade e bons conselhos.

- Sempre tivemos uma ótima relação com o tio Celso. Lembro de cada incentivo, principalmente em relação à música. Hoje toco acordeon e, a cada acorde de gaita, recordo da forte presença dele. O tio também adorava música - conta José, que é vereador em Jóia, onde também é conhecido como Zé da Gaita.

Em Capão do Cipó, Celso seguiu na lida rural, atividade que tinha como marca. Para os familiares, o agricultor representava a essência do gaúcho autêntico. Além da dedicação à plantação, ele aprendeu a fazer artesanato.

Assim que ganhou habilidade com o trabalho manual, conquistou destaque com os laços que produzia para peões de rodeio.

E, por falar em rodeio, Celso não perdia nenhum desses encontros, os quais considerava uma oportunidade de reencontrar amigos e companheiros de trabalho.

José Soleni diz, ainda, que os laços trançados pelo tio eram sucesso de vendas nos rodeios.

- Vários fazendeiros da região compravam as peças que o tio fazia. Além de se divertir, ele aproveitava para lucrar um pouco - conta.

Ainda de acordo com José Soleni, o tio, depois de ter ficado viúvo, passou a ter a música gauchesca como principal companhia. Ela acrescenta que, desde o falecimento de Elma, Celso permaneceu no rancho, sempre com o rádio por perto.

Sirlei Machado, 44 anos, comenta que o agricultor tinha um caráter raro, com características difíceis de serem encontradas hoje em dia.

- Ele era muito trabalhador e, acima de tudo, honesto. Mesmo com a seriedade com que encarava os desafios da vida, o tio guardava o bom humor. Jamais vou esquecer da gargalhada dele - conta Sirlei.

Celso Viana Machado morreu em 13 de março de 2019, de causas naturais, em casa. Ele foi sepultado no mesmo dia, no cemitério da localidade de Rincão dos Machado, em Jóia.

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