Morreu dona de casa Nair Umdetermack de Vasconcellos

Fotos: Arquivo Pessoal

Conhecida pelo jeito calmo e tranquilo de resolver as coisas, Nair Umdetermack de Vasconcellos, 90 anos, não media esforços para estar junto à família. Por mais de 50 anos, foi casada com Adão Natel Vasconcellos, falecido há 22 anos. Ele era militar e, em razão de suas transferências a trabalho, o casal acabou morando em cidades como Uruguaiana, São Leopoldo, Rio de Janeiro e, por fim, retornou a Santa Maria, com os filhos Edith, 70, José, 68, e Antenor, 67.

Muito amorosa e carinhosa, Nair adorava ficar ao redor dos cinco netos e dos dois bisnetos, que a visitavam com frequência. Recentemente, a idosa morava sozinha, mas contava com o auxílio e a presença constante das cuidadoras Angelina, Ivonete e Sonia, que não a deixavam sozinha. Elas ajudavam a idosa com o serviço da casa e a levavam para dar caminhadas pelo pátio de casa.

- Quando a gente não ia, ela nos cobrava que fossemos, nem que fosse para ela ver um pouco o pátio e admirar a paisagem. Eu já conhecia dona Nair há 20 anos, desde que trabalhei cuidando de outras senhoras em um condômino onde ela residia. Quando a família precisou dos meus serviços, eu prontamente fui atender. A Nair era uma flor de pessoa, muito simpática, de bem com a vida e de personalidade muito forte. Não podia faltar uma alimentação balanceada, além de arroz com leite, canjica e mingau. A Nair adorava! Fiquei com ela por dois anos e três meses e me apeguei demais - diz a cuidadora Angelina Marques da Silveira, 54 anos.

Apaixonada por doces, a idosa também não dispensava uma torta de bolacha, um doce de abobora ou um pudim. Ela também gostava muito de cozinhar e, conforme a família, vivia inventando pratos novos para servir às pessoas que amava.

- As especialidades dela na cozinha eram pratos de tivessem o frango como base. Galinhada, arroz de galinha, galinha escabelada, tudo era feito om muito amor e dedicação - lembra, com carinho, a nora Gisa Nara Rodrigues de Vasconcellos, 59 anos.

Criada na localidade de Passo da Ferreira, Nair tinha paixão pela vida campeira. Ela viveu no local até se casar e, depois, acabou se mudando com o marido.

A idosa adorava receber visitas e, de acordo com a família, era uma pessoa muito hospitaleira. Muito minuciosa e cuidadosa com todos, ela se preocupava diariamente em saber se os filhos estavam bem e se precisavam de ajuda monetária ou de qualquer outro tipo.

Ainda de acordo com os familiares, Nair ainda tinha disposição para fazer comida para esperar a visita dos filhos e costumava ir, uma vez por semana, à Catedral Metropolitana. Além disso, era uma pessoa muito solidária e gostava muito de ajudar a quem precisasse.

Para a família, Nair deixa o ensinamento de honestidade, integridade, da importância de não dever para ninguém e ser sempre muito justa e pontual.

Ela ficou internada por duas semanas no Hospital da Guarnição, em Santa Maria, lutando pela vida, mas acabou não resistindo e faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. A idosa morreu em 8 de maio e foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122