Morreu dona de casa Juracy Saidelles Teixeira

Fotos: Arquivo Pessoal

Devota de Nossa Senhora Medianeira, Juracy Saidelles Teixeira, 83 anos, costumava frequentar a Igreja Nossa Senhora das Graças no distrito de São Valentim, na localidade Alto da Palma. Ela também rezava o terço todas as noites antes de dormir e ensinou os seis filhos também a rezarem. Casada por mais de 50 anos com Mario Teixeira, falecido há 14, o casal se conheceu no distrito de São Valentim, onde os dois moravam. Eles foram constituir família no Rincão dos Firmino, onde nasceram Mario Antonio, 64 anos, Sergio Francisco, 62, João Francisco, 59, Maria Gorete, 57, José Amadeu, 55, e Marcos, 53. Juracy era quem cuidava das crianças enquanto o marido saía para trabalhar na agricultura, o sustento da família.  

Muito presente, a dona de casa estava sempre atenta na educação dos filhos e ficava bem preocupada se tinha algum compromisso no outro dia.

- Ela era muito maravilhosa, estava sempre nos ensinando a vencer na vida e também a sermos católicos como ela era - diz o filho José.

Juracy costumava levar os filhos, os 11 netos e os quatro bisnetos para a missa junto dela. Além disso, a mãe fez parte da Legião de Maria, da Capela Santa Catarina, no Bairro Boi Morto, onde morou por mais de 20 anos.

- Ela entrou no nosso grupo por visitas que fazíamos para convidar voluntários. Por quase 20 anos, ela ficou junto de nós, fazendo visitas aos acamados, às famílias do bairro, me ajudando no grupo e também fazendo nossas atas em reuniões. A Juracy era uma membro muito ativa na legião e fazia questão de estar conosco, ela só parou de frequentar o grupo quando ficou muito debilitada. Ela era muito fiel a crença dela, companheira e tinha uma perseverança incrível que deixa para todos nós - recorda a aposentada e amiga Elsa Maria de Oliveira Rigão, 71 anos.

A dona de casa era muito fã do padre Fábio de Melo e sempre via suas missas pela televisão. Ela também gostava de falar aos filhos sobre o sermão que viu para que toda a família refletisse.

Muito falante, ela não dispensava uma boa conversa. Por onde ia, fazia amizades e contava histórias com facilidade. Às suas visitas, Juracy fazia questão de preparar um café com leite e alguns quitutes. Além disso, ela adorava ficar pela cozinha e não saía da volta da pia se todas as louças não estivessem limpas.

- A mãe cozinhava muito bem também. Mas suas especialidades eram a polenta e o feijão, que tinha um gosto caseiro, aquele feijão de mãe, e o cheiro invadia a casa quando ela cozinhava. Às 16h, era o horário do tradicional café da tarde. Quem quer que chegasse na casa dela, teria uma linda mesa posta com muita comida e café para tomar - emociona-se José.

Mesmo diabética, Juracy mantinha doces e guloseimas em casa para quando os netos e bisnetos a visitassem. Em Santa Maria, Juracy caminhava pouco, mas era independente nos serviços domésticos. Há dois anos, ela se mudou para o interior em razão de cuidados médicos e morava com o filho João. Muito vaidosa, adorava estar sempre cheirosa e bem arrumada.

Juracy faleceu em 6 de abril e foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria. A família preferiu não divulgar as causas do falecimento.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122