obituário

Morreu dona de casa Cecília Maphalda Rossato Lovato

Fotos: Arquivo Pessoal


Nascida em Nova Palma, Cecília Maphalda Rossato Lovato, 96 anos, mudou-se para Santa Maria ainda adolescente, com os pais e os irmãos. A família chegou ao Coração do Rio Grande em busca de melhores condições de estudo. Cecília foi casada com o agropecuarista José Fidali Lovato (falecido há 38 anos). Os dois se davam muito bem e adoravam sair para jantar e dançar. Conforme a família, a idosa e o marido eram companheiros e costumavam conversar bastante.

De personalidade mais retraída, Cecília era muito calma e gostava mais de observar os acontecimentos. Nos encontros da família, ela costumava rir das histórias que os filhos, os 14 netos e os 10 bisnetos contavam.

Além disso, de acordo com a família, a bondade da dona de casa era algo admirável. A filha mais nova, Eliane, conta que a mãe adorava ajudar as pessoas e, acima de tudo, recepciona-las muito bem em casa. Em datas comemorativas, a família se reunia toda em torno da matriarca.

- A mãe organizava toda a casa para receber os filhos, os netos e os parentes. Ela adorava ver a casa cheia de gente e agitada. Essa movimentação era tudo de bom para ela. Preocupada, ela colocava os melhores lençóis, tapetes e toalhas para receber as visitas. Tudo para fazer com que o pessoal se sentisse bem acolhido - recorda Eliane.

A caçula e a mãe moravam juntas há 10 anos, uma cuidando da outra. Eliane conta que, para a mãe quase alcançar o centenário de vida, adotou hábitos saudáveis. Cecília não dispensava uma taça diária de vinho, recomendada pelos médicos. Além disso, a família conta que evitava deixá-la preocupada para ajudá-la a viver mais e melhor.

No tempo livre, Cecília costumava fazer palavras cruzadas para se distrair. Os programas religiosos que passavam na televisão também preenchiam o dia a dia dela. Muito religiosa, a dona de casa rezava o terço todos os dias e também tinha por costume frequentar a Capela Santo Anjo da Guarda, do Bairro Nossa Senhora das Dores.

- A religiosidade sempre foi muito presente na vida da família. A dona Cecília falava sobre a Bíblia dentro de casa, para os filhos e para os netos também. Éramos muito próximos, quase como mãe e filho. Assim era a relação dela com genros e noras. Ela foi muito querida com todos - diz um dos genros, o aposentado Edvar da Silva, 60 anos.

A idosa também adorava estar na presença de crianças e, principalmente, de bebês. Ela adorava dar colo para eles. Quando os filhos eram mais novos e precisavam trabalhar, foi Cecília quem cuidou dos netos. Já quando chegaram os bisnetos, ela aproveitou para curtir e brincar com eles. Outra característica da idosa era colocar apelidos nas crianças para chamá-las mais rápido.

Eliane se emociona ao falar da mãe e diz que lembrará sempre do olhar dela, já que ele transmitia serenidade e segurança a família.

- Quando ela me olhava, parecia que estava em busca de um conforto. Os olhos dela pediam uma acolhida, e ela sempre encontrava tudo o que procurava nos filhos. Ela nos deixa o ensinamento de ser honesto e ter uma família muito unida, como somos - diz Eliane.

Na cozinha, o que Cecília fazia de melhor era a macarronada com frango caipira, prato que faz os filhos lembrarem da infância. Ela também era muito vaidosa e elegante e gostava de pintar os cabelos.

A dona de casa ficou cinco dias internada no Hospital da Cauzzo e faleceu em 6 de maio, por infecção respiratória. Ela foi sepultada no mesmo dia, às 17h, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122

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