Fotos: Arquivo Pessoal
Aos 87 anos, Iraci da Silva Mancy morava no Coração do Rio Grande há mais de 40 anos. Nascida e criada em Formigueiro, Iraci se casou duas vezes. Com o primeiro marido, ela teve as filhas Célia, Lucilia e Orga. Com o segundo esposo, foram cinco filhos: Maria Aparecida, Maria Cristina, Mara Maria (falecida há dois anos), Marcos e Alexandre. Além disso, ela também tem 20 netos, oito bisnetos e cinco trinetos.
Iraci se mudou para Santa Maria para trabalhar e buscar o sustento para a família. Na cidade, ela morou nos Bairros Nossa Senhora do Rosário, Passo D'Areia e São João. Por muitos anos, ela trabalhou como auxiliar de limpeza em uma casa na Rua do Acampamento, no centro da cidade.
- A mãe era uma batalhadora. Não ficava parada, mesmo no tempo livre. Ela realizava todos os serviços domésticos. Não tinha tempo ruim com ela - emociona-se a filha Maria Aparecida.
O sorriso era a marca registrada de Iraci. Por onde passava, ela alegrava o ambiente. A idosa também adorava conversar e era muito simpática. A família era muito unida. Os filhos iam visitar Iraci todos os dias, assim como os netos, os bisnetos e os trinetos.
- Sempre tinha movimento aqui em casa. Meus irmãos viviam por aqui. Ela adorava essas visitas. Estar com os netos,para ela, era maravilhoso. Eles, assim como os bisnetos e trinetos, eram a realização da mãe - conta Maria.
O segundo marido de Iraci, Almiro Fagundes Mancy, faleceu há 10 anos. Os dois eram muito companheiros e adoravam passear juntos.
A pensionista também gostava de cultuar a tradição gaúcha. Ela tomava chimarrão todas as manhãs e aos finais de tarde. O neto Eduardo, 8 anos, emociona-se ao contar das brincadeiras com a avó:
- Eu dava sustos nela. Brincava de me esconder dela e ficava sempre perto da minha vó. Sinto muita falta dela.
O genro Fabiano Rosa Trindade conviveu com Iraci por 10 anos. Ele diz que a sogra está fazendo muita falta para toda a família:
- Ela adorava contar histórias sobre a infância e a adolescência dela em Formigueiro. Nos lugares em que íamos, ela me apresentava como filho. E ela era como uma mãe para mim também.
À família, Iraci deixa o ensinamento de humildade, honestidade e de batalhar pelos sonhos.
Por cinco dias, a idosa ficou internada no Hospital Casa de Saúde, em Santa Maria. Ela faleceu em 11 de janeiro e foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria. A família preferiu não divulgar as causas da morte.
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122
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