Morreu a dona de casa Gercilia Pacheco Lopes

Uma mulher guerreira, amiga de todos e dona da receita do melhor mocotó do mundo. É assim que a família de Gercilia Pacheco Lopes, 78 anos, define a dona de casa, que morreu no começo do mês. Nascida em São Vicente do Sul, aos 8 anos, ela foi vista pela primeira vez pelo vizinho João, dois anos mais velho que ela. Naquele momento, o então menino, que hoje tem 83 anos, decidiu, que quando crescesse, ia se casar com aquela menina. Dito e feito: menos de duas décadas depois, o casal se uniu em matrimônio.

A carreira militar do marido logo traria Gercilia para Santa Maria, cidade que ela adotou de coração. Mais tarde, viriam os filhos, Sandra, 57 anos, e Francisco, 52, os netos, Guilherme, 37, Raquel, 34, e João Victor, 16, e os bisnetos, Miguel, 10, Joaquim, 9, Lúcia, 3, e Gabriel, 2.

- Minha mãe viveu para o meu pai, e o meu pai viveu para a minha mãe. Eles faziam tudo juntos. Iam estender roupa juntos, iam ao mercado juntos e cozinhavam juntos. Estavam sempre de mãos dadas - lembra a filha Sandra, que não esquece a paixão da mãe por tricô, crochê, jardinagem, ginástica e caminhadas.

Os talentos culinários de Gercilia não eram exclusivos para a residência da família Lopes. Ela ainda ajudava como podia na cozinha da Igreja Perpétuo Socorro. No tempo livre, gostava de se exercitar na ginástica do grupo Grisalhas da Primavera. Para ela, não existia tempo ruim, e Gercilia recebia amigos, parentes e até desconhecidos para degustar sua culinária caseira.

- A mãe gostava de reunir a família e amava fazer mocotó. Inclusive, na última foto que fizemos, ela estava cozinhando mocotó, no mês passado. Ela fazia questão de ser ativa e participar da comunidade. Ela era uma mulher de muito fé, carinhosa e generosa - comenta Sandra.

A filha acredita, ainda, que Gercilia deixa um legado não só para os filhos, mas para netos e bisnetos, que eram tão queridos e amados pela idosa.

- Ela nos ensinou a ser generosos, carinhosos e a termos honestidade com os outras pessoas. É preciso ser fraterno e ter a união na família. Graças a Deus, a lembrança da minha mãe é só de coisas boas. Ela ajudou muita gente, da forma que podia. Ela passou tanta coisa na vida, mas superou todos os momentos ruins, sempre contando com o apoio e a presença do meu pai - acrescenta Sandra.

Em decorrência de complicações causadas por pneumonia e assepsia, a vicentina Gercilia morreu em 2 de julho, após passar cinco dias internada no Hospital de Caridade. Ela foi cremada no Crematório Santa Rosa. De acordo com a filha, conforme o desejo da idosa, as cinzas dela serão espalhadas na chácara da família, em São Vicente do Sul.

Confira outros falecimentos na região

Funerária São Martinho

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Antônio Valmir Rosa, 57 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria 
Gercilia Pacheco Lopes, 78 anos, foi cremada no Crematório Santa Rosa 

3/7
Eloy Campos de Mello, 86 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria 
Sandra Teresinha Ferreira da Silva, 50 anos, foi sepultada em no Cemitério de Picada dos Bastos, em Santa Maria
Maria Izabel Gomes Pereira, 75 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria 
Daire Figueiredo Carpes, 65 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal de São Sepé 
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