identificação eletrônica

VÍDEO: na primeira ação-teste, oito cavalos são microchipados na Praça do Mallet

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Oito equinos receberam microchips na primeira ação-teste de microchipagem em cavalos de carroceiros de Santa Maria, na tarde de sexta-feira. A iniciativa ocorreu à tarde na Praça General Osório, a Praça do Mallet. Além dos trabalhadores que levaram seus animais até o local para serem identificados, diversas pessoas foram buscar informações de como proceder para participar do processo.

VÍDEO: como vai funcionar a microchipagem de cavalos em Santa Maria

O cavalo Guri, do pedreiro Gevanil Cardoso Teixeira, 35 anos, foi o primeiro a ser microchipado. Há um ano e meio com o animal, Teixeira, que mora no Bairro Patronato, conta que utiliza o equino apenas para passeios, e não para trabalhar.

- Só tenho ele. Eu estive lá na Câmara, na audiência pública de quarta-feira. Aí, fiquei sabendo da ação e achei melhor trazer, caso aconteça alguma coisa. Já tive animais furtados, e acho que vai ajudar bastante - apontou.

A recicladora Janete Geraldo dos Santos, 31 anos, moradora da Vila Oliveira, no Bairro Passo D'Areia, foi com o companheiro e a filha levar o cavalo Tubiano.

- Faz três anos que ele está comigo. Já tive outros antes dele. Vi na internet a notícia e hoje vim cedo, antes do horário. Para nós, recicladores, que utilizamos o cavalo como meio de transporte, é muito importante que tenha isso. Para evitar os maus-tratos, pois uns acabam pagando pelos outros. Eu cuido bem dele, é o único da família - garantiu.

Microchips começam a ser testados em cavalos resgatados das ruas

De acordo com a prefeitura, a maioria dos equinos que foram microchipados durante a ação é usada para fretes de alimentos, como leite e hortaliças, e são de localidades como os bairros Centro e Dom Ivo Lorscheiter e Vila Oliveira. A intenção é que, no começo das próximas semanas, sejam definidos os outros locais onde serão realizadas as aplicações dos dispositivos, a ocorrerem às quintas e sextas-feiras.

A atividade de microchipagem também contou com a presença do coordenador da Central de Bem-Estar Animal do Município, Alexandre Caetano, e do vereador Manoel Badke, autor da lei de microchipagem animal em Santa Maria. 

DENÚNCIAS
Dados da Central de Controle e Bem-Estar Animal (CCBEA) apontam que, só neste ano, o órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente de Santa Maria já atendeu cerca de 800 denúncias de maus-tratos a animais de grande e pequeno porte, sendo 500 de cavalos. Desde 2017, quando a central começou a funcionar, já foram resgatados e destinados a fiéis depositários 310 equinos (veja abaixo).

Em setembro, a prefeitura e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já haviam realizado a microchipagem de 10 cavalos, que passaram por testes para verificar a adaptação ao dispositivo de monitoramento. Na última quinta-feira, outros 15 animais resgatados que vivem no Instituto Assistencial de Bem-Estar Animal (Iabea) também receberam a identificação eletrônica. A iniciativa atende à Lei 5.552, de 2011. Em julho deste ano, o Executivo adquiriu 500 identificadores eletrônicos por meio de licitação. O investimento total é de R$ 3,3 mil.

A atividade de microchipagem de grandes animais tem apoio do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, da UFSM, do Centro de Reabilitação de Equinos do Hospital Veterinário Universitário (HVU), da Guarda Municipal, da Coordenadoria Municipal de Trânsito Urbano e do 2º Batalhão Ambiental da Brigada Militar.

OS NÚMEROS DE ATENDIMENTOS EM SANTA MARIA

  • Desde 2017, quando começou a funcionar, a Central de Controle e Bem-Estar Animal (CCBEA) já resgatou e destinou a fiéis depositários 310 equídeos - entre cavalos, muares, asininos e bardotos - em situação de crueldade e maus-tratos 
  • Além disso, outros 110 cavalos foram recolhidos e encaminhados ao Centro de Reabilitação Equina, do Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). No entanto, muitos deles acabaram morrendo, devido às condições em que chegaram
  • Desde 2017, foram feitas cerca de 80 eutanásias em cavalos
  • Em 2019, foram feitos cerca de 800 atendimentos de denúncias de maus-tratos (de animais de grande e de pequeno porte), sendo que a maioria, cerca de 500 animais, é de cavalos

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