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Foto: Renan Mattos (Diário)
Para se proteger da ação de criminosos, motoristas de aplicativo de Santa Maria criaram um grupo e desenvolveram uma plataforma para poder monitorar uns aos outros em situações perigo, principalmente à noite. A "Família Madruga" surgiu em 2020, quando uma série de assaltos a esses profissionais aconteceu na cidade, e hoje já conta com cerca de 160 membros.
A nova ferramenta de segurança é acionada a partir do momento em que o cliente apresenta alguma atitude suspeita. Há uma espécie de rádio comunicador entre todos os motoristas do grupo, que também precisam passar a sua localização em tempo real sempre que estão trabalhando. O grupo consegue identificar quando um colega está perigo por meio desta comunicação, que pode ser feita em códigos. Quando o motorista não responde aos chamados, também é um sinal de que possa estar em apuros.
- É uma forma de nós podermos proteger, porque podem haver casos de assalto. Conseguimos fazer esse rastreamento em tempo real e, quando um carro sai do perímetro de Santa Maria ou o motorista não se comunica conosco, tentamos ajudá-lo e acionar a polícia. Isso faz com que consigamos prevenir assaltos e, caso algum aconteça, podemos dar uma resposta rápida de ajuda - afirma Maurício Floresta, um dos criadores.
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Os carros do grupo, além de rastreadores, também contam com um moderno sistema que pode ser acionado pela central e faz com que o carro, caso seja roubado, se desligue completamente.
- Claro que o ideal seria nem precisar usar todo esse mecanismo, mas, assim, conseguimos aumentar nossa segurança - relata Floresta.
Além de oferecer o sistema de monitoramento, o grupo também faz higienização completa dos carros dos integrantes. Tudo isso é realizado por um valor abaixo do mercado aos membros. Pessoas que não são da Família Madruga também podem solicitar esses serviços, mas com preço diferente.
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Foto: Renan Mattos (Diário)
APLICATIVO PRÓPRIO
Podem participar do grupo motoristas que fazem corridas por meio de qualquer aplicativo. Mas, recentemente, os membros conseguiram lançar uma plataforma própria.
- Temos algumas regras a serem seguidas por quem entra no grupo. Precisa ser um membro ativo, estar disposto a ajudar os colegas e também não ter reclamações de passageiros. A pessoa entra em contato conosco, fazemos uma espécie de estágio com ela por 15 dias e, depois, se o comportamento agradar os demais membros, o motorista é integrado ao grupo - explica o motorista Adelmo Niederauer.
style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">A tarifa mínima do aplicativo Família Madruga é de R$ 8,60 - um valor semelhante ao de outros apps que já existem na cidade. Todos os carros dos membro possuem adesivos nos carros, além de um número, como forma de identificá-los.
- A ideia foi fazer algo que fosse bom para o motorista e para o cliente. O motorista para uma taxa menor à plataforma, então acaba ficando com uma lucro maior, além de ter toda a questão da segurança. A segurança também beneficia o passageiro, pois todos os nossos motoristas são identificados e precisam apresentar uma série de documentações para serem aceitos. Sempre que há alguma reclamação, verificamos - destaca Niederauer.
Além do trabalho, o grupo também se reúne para fazer arrecadações de alimentos e donativos em datas comemorativas para repassar para a comunidade. Durante a pandemia, os motoristas que se contaminaram com o coronavírus receberam assistência dos colegas.
COMO ENCONTRAR O GRUPO