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VÍDEO: coronavírus altera rotina das famílias com a suspensão das aulas

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em casa devido à suspensão das aulas, Davi e João Victor Lopes (de vermelho) aproveitam para assistir à televisão ao lados dos pais, Diego e Dieniffer Lopes

Com a suspensão das aulas nas escolas públicas e privadas, devido à prevenção da pandemia de coronavírus, a rotina de muitas famílias foi alterada, principalmente dos responsáveis pelas crianças que, agora, precisam ficar em casa.

Para muitos, ter os pequenos em casa representa mais tempo para a aproximação afetiva, agito e toda a alegria que uma criança carrega. Por outro lado, para os que trabalham fora, ter a escola fechada traz uma outra preocupação: não ter onde ou com quem deixar os filhos enquanto precisam se ausentar.

No Bairro Itararé, os papais Diego Lopes, 38 anos, e Dieniffer Lopes, 33, têm aproveitado a suspensão das aulas dos filhos João Victor Lopes, 5, e Davi, 4, para desenvolverem diferentes momentos de aprendizado.

Conforme Diego, a Escola Santa Catarina, onde os meninos estudam, parou com as aulas na quarta-feira. Porém, a instituição providenciou atividades educativas para serem feitas em casa, uma para cada dia, até 2 de abril.

- A atitude da escola foi exemplar. Antes mesmo de confirmarem a suspensão das aulas, nos enviaram bilhetes avisando que existia essa possibilidade e dando orientações sobre cuidados que devemos tomar - fala o pai.

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Os primeiros dois dias de João Victor e Davi longe dos coleguinhas foram de adaptação nos horários e na alimentação. Além disso, a higiene foi redobrada. Lavar bem as mãos é, agora, um mantra da família. Brincar em grupo, com outras crianças, nem pensar. Felizmente, João Victor e Davi possuem uma vantagem neste período de afastamento dos coleguinhas: os manos têm um ao outro.

- Eles montaram um parque de diversões no quarto, com barraca e tudo - conta Dieniffer.

Já a atenção à saúde não é só para os filhos. Dieniffer, que é advogada, fechou o escritório até a semana que vem. Por ter tem uma doença autoimune e fazer parte do grupo de risco, Diego evita sair de casa e aglomerações. Além dos remédios, prioriza alimentação saudável e não dispensa a vitamina C.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Renata têm redobrado a atenção com a higiene de Victor (a partir da esq.), Nathan e Henri

DIFICULDADES 
Há poucos dias, Renata da Costa, 37 anos, moradora do Bairro João Goulart, esteve internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) para uma cirurgia de retirada de pedras nos rins. Renata entrou e saiu no bloco cirúrgico sem acompanhante, devido às restrições impostas no funcionamento da instituição:

- As limitações eram direcionadas a qualquer movimento, até mesmo para comprar um lanche. A situação é preocupante.

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Os filhos de Renata, Nathan, 4 anos, Victor, 7, e Henri 11, ficam em casa durante todo o dia. Os dois mais novos frequentavam a creche Estação dos Ventos, que está fechada. O mais velho participava de atividades no local. O neto dela, Arthur, 2 anos, também mora na residência.

A dona de casa conta que o ambiente fica agitado com todos eles por perto. Henri acaba passando o tempo entretido com o celular.

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Renata teme pelas condições financeiras, que, com a crise, tendem a piorar. Desempregada e com a criançada em casa, não consegue procurar emprego.

- Faço o que posso para protegê-los. Sem a creche e a escola, o prejuízo do aprendizado deles é grande. Espero que essa situação não demore a passar - completa.

EXPLICAÇÕES
O Tribunal de Justiça (TJ) de Porto Alegre intimou o Estado do Rio Grande do Sul a manifestar-se, no prazo de 72 horas, sobre as razões para a manutenção de escolas abertas em meio à pandemia do coronavírus. O despacho foi emitido na tarde desta quinta-feira, em resposta à ação da assessoria jurídica do CPERS com pedido liminar para assegurar o fechamento total das instituições. O governador Eduardo Leite decretou situação de calamidade pública, mas, mesmo sem aulas, manteve as escolas abertas, com professores. Em nota, CPERS diz que defende que os educadores protejam suas vidas e, com o respaldo dos conselhos escolares, não compareçam às instituições.

*Colaborou Rafael Favero

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