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VÍDEO: com menos itinerários atualmente, licitação do transporte coletivo fica para 2022

Leonardo Catto


data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O transporte público de Santa Maria ainda não tem previsão de quando vai retomar o mesmo ritmo de linhas anterior ao coronavírus. Enquanto isso, setores econômicos já retomam atividades, e quem depende de ônibus enfrenta veículos por vezes cheios ou atrasados. Já a licitação do transporte coletivo, adiada por causa da pandemia, deve ficar para 2022.


RESUMO

  • A licitação do transporte coletivo de Santa Maria vai ficar para 2022
  • Testes para a elaboração do termo de referência, que vai reger a licitação, são feitos
  • Atualmente, a prefeitura considera que não há como fazer o processo licitatório
  • O motivo é que o cenário ainda não é de normalidade, com menos passageiros e menor quilometragem
  • O número de linhas, conforme Consórcio SIM-SM, acompanha a retomada de movimento
  • Já segundo os usuários, faltam ônibus, e os horários não são cumpridos 

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Raquel Borba de Brito, 38 anos, é operadora de caixa em um supermercado no Centro. Ela sai do trabalho à noite e vai até o paradão, na Avenida Rio Branco, onde espera a linha Jardim Berleze. O não cumprimento do horário é uma das principais reclamações, além da lotação.

- Não vem no horário, ou vem um atrás do outro. E ônibus lotado, né? - lamenta.

Em um sábado, Raquel saiu do mercado após o expediente e ficou no ponto de ônibus. O veículo, contudo, não apareceu. A solução foi apelar para o transporte de aplicativo, mais caro que os R$ 4,20 da passagem.

- Estava bastante frio, saímos e nada. Ele sempre vem 21h50min. Eram 22h e nada. 22h15min e nada. A gente desistiu. Sorte que tinha outra pessoa que morava para o mesmo lado que eu. Mas vai que eu não tinha dinheiro? Aí fico a mercê do ônibus - conta.

O horário é uma reclamação comum ao entregador Clovis Pereira da Silva Júnior, 36 anos. Ele depende da linha Vila Schirmer para retornar do trabalho, mas sabe que vai esperar além da hora do final do expediente para ir para casa.

- Normalmente é atrasado. O horário das 18h é o pior. Além de ter ônibus reduzido, ele atrasa. Simplesmente já estamos acostumando com isso aí - reclama.

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LICITAÇÃO
A análise da prefeitura é que a quantidade de usuários transportados e na quilometragem percorrida pelos ônibus ainda é reduzida na cidade devido à pandemia. Esses são dados levados em conta para o processo licitatório. O Executivo espera que o contrato contemple os dados referentes a normalidade, o que ainda não acontece.

Essa é a justificativa do município para o momento não ser "favorável". Em nota, a prefeitura afirma que gostaria de licitar o transporte coletivo até o fim de 2021, mas que isso não depende apenas da vontade. Em agosto, o contrato com as seis empresas que gerem o transporte público de Santa Maria há 45 anos foi prorrogado por mais quatro meses. Dessa forma, o serviço foi mantido, e o acordo se encerra em janeiro de 2022.

- Eu gostaria de já ter feito a licitação, até porque é um compromisso que assumimos, uma obrigação legal e uma necessidade social. Mas não temos cenários para isso. Nós carregávamos 90 mil usuários por dia. Hoje, 40 mil. Chegou a 50 mil no começo do mês (outubro). O processo licitatório se faz por quilômetro rodado ou número de usuários. Se tem menos usuários, diminui a quilometragem. Depois, pela lei de licitações, só se pode aditar o contrato em 25% - falou o secretário de Mobilidade Urbana, José Orion Ponsi, no programa Sala de Debate, da TV Diário, na última terça-feira.

Já são feitos testes para a elaboração do termo de referência que vai reger a licitação. Nesta semana, uma possível mudança de itinerário foi avaliada. Nos estudos, o terminal que fica próximo do Colégio Manoel Ribas seria mudado para a Avenida Rio Branco, próximo da Rua dos Andradas.Os ônibus poderiam acessá-lo pela Rua do Acampamento, no que hoje é um trajeto na contramão, ou pela Rua Venâncio Aires, no que hoje também é contra fluxo.

Segundo Ponsi, 94% das linhas de ônibus de Santa Maria teriam seu itinerário alterado caso a mudança passasse a valer. Atualmente, a cidade conta com 37 linhas. Portanto, apenas três manteriam seus trajetos atuais.

FISCALIZAÇÃO
A prefeitura afirma que trabalha com o Consórcio SIM-SM para adequar itinerários conforme necessidade da população. Isso é feito, segundo o Executivo, a partir da fiscalização da Secretaria de Mobilidade Urbana. O gerente operacional do sistema SIM-SM, Cristiano Andretta, reconhece que ainda não se tem normalidade no transporte. Entretanto, ele justifica que o movimento de retomada é acompanhado.

- São poucas linhas que foram suprimidas por itinerários da mesma região. A gente acompanha movimento de retorno da cidade. Na questão da universidade, com retorno dos servidores, já foi feito o acréscimo de horários. Vamos monitorando dia a dia. A gente tem expectativa de retorno da universidade presencial no ano que vem, quando vamos fazer o planejamento para o retorno completo, não só para a universidade, mas na cidade - afirma.

Nos terminais, fiscais da prefeitura mantém a fiscalização. Já de forma digital, é analisada a bilhetagem e dados de GPS dos ônibus. A população pode fazer reclamações formais no e-mail [email protected], pelo telefone 156 ou na ouvidoria online.

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