data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Arquivo Diário)
O castramóvel, uma promessa antiga para a comunidade, deu mais um passo para ser concretizado nesta semana. Na última terça-feira, foi aberto o edital do processo licitatório para contratar a empresa responsável pelos serviços de castração de cães e gatos da cidade.
Além de prevenir a proliferação de mais animais nas ruas e evitar a propagação de doenças, o castramóvel também contemplará a testagem para casos de leishmaniose.
Na prática, a prefeitura deve oferecer a estrutura para as cirurgias, o castramóvel, e a empresa entra com o material e a mão de obra para realizar os procedimentos. A partir do dia 17 de janeiro, os interessados, como clínicas e hospitais veterinários, podem enviar as propostas.
O contrato com a empresa terá duração de um ano. A estimativa é que 86 cirurgias sejam feitas por mês. Caso o serviço funcione durante todo o ano, a previsão é que mais de 1 mil animais sejam castrados a partir do começo do serviço.
Ainda não é possível estimar uma previsão concreta para o começo das atividades. Em entrevista à CDN, o secretário do Meio Ambiente, Guilherme Rocha, afirmou que isso depende do conhecimento da empresa ganhadora da licitação, e, posteriormente, da emissão da nota de empenho. Com base nesses fatores, segundo Rocha, é possível prever que o castramóvel comece a operar em março deste ano.
LOGÍSTICA
De acordo com o edital de licitação, o processo vai ocorrer por meio de quatro etapas. Na primeira, a Secretaria do Meio Ambiente escolhe os animais que vão passar pela cirurgia.
Em entrevista à CDN, o superintendente de Bem Estar Animal do município, o médico veterinário Alexandre Caetano, afirmou que, em um primeiro momento, as cirurgias serão voltadas para as fêmeas.
- Nós escolhemos as fêmeas em função dos grandes problemas reprodutivos que elas apresentam, como tumores de mama e infecções uterinas. Por isso, estamos dando a preferência nesse momento. Depois, pretendemos continuar com os machos.
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A previsão é que a maioria das cirurgias seja para a retirada do ovário (ovariectomia). Esse procedimento é mais simples e os animais conseguem se recuperar rapidamente.
Porém, também será disponibilizada a ovariohisterectomia, que consiste na retirada do ovário e do útero, dependendo de cada caso. Esta segunda etapa é denominada pré-cirúrgica, na qual, os profissionais contratados avaliam as possibilidades para o procedimento.
Em seguida, é realizada a castração. A última etapa é de responsabilidade dos proprietários dos animais, que devem administrar os remédios e cuidar da ferida cirúrgica.
PÚBLICO
A utilização do castramóvel contempla as famílias em situação de vulnerabilidade social.
- Nós vamos fazer as castrações para aquelas pessoas que comprovarem que são de baixa renda e que tenham o Cartão Único Social - comenta Caetano.
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Segundo o superintendente, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) também vão ser fundamentais nesse processo, pois farão a intermediação com a comunidade e irão mapear os animais vulneráveis. As ONGs podem se cadastrar para atuar no trabalho até 31 de janeiro, pelo telefone (55) 3921-7138.
De acordo com o secretário Rocha, o levantamento das famílias, assim como o cronograma das atividades, deve ser divulgado após os processos licitatórios.
RECURSOS
A verba destinada para a execução das cirurgias é proveniente de recursos próprios da prefeitura, do Ministério Público, do programa Melhores Amigos do Governo do Estado e de emenda impositiva do vereador Adelar Vargas (MDB). O montante é cerca de R$ 413 mil.
O castramóvel já foi adquirido pelo município com recursos de emenda parlamentar articulada pelo deputado estadual Dirceu Franciscon (PTB) junto ao deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB).
CONTINUIDADE
O secretário, Guilherme Rocha, relatou que o objetivo é seguir com as ações voltadas para a castração de animais nos próximos anos. Para isso, os órgãos públicos pretendem buscar mais recursos durante 2022.
MICROCHIPAGEM
Os animais que passarem pela cirurgia no castramóvel também serão microchipados. Esse procedimento garante a identificação e o acompanhamento dos pets pelos órgãos públicos.
Equinos
Além dos cães e gatos, a microchipagem em cavalos deve continuar em 2022. Em dezembro, apenas uma ação foi realizada. Neste mês, o serviço foi interrompido, mas deve voltar em fevereiro. De acordo com o superintendente, no próximo mês, a microchipagem nos equinos vai começar a ser feita em estruturas móveis.