Santa Maria da Boca do Monte – 2ª parte

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Santa Maria da Boca do Monte – 2ª parte

A “saga” por descrever de forma objetiva e breve a fotografia econômica do nosso lindo município continua. Pois bem, anteriormente, escrevi sobre a matriz econômica local e o que isso representa para nós hoje, como também os desafios pela frente que temos. Este texto tem como objetivo sintetizar o atual panorama conjuntural de nossa economia. Os dados são do Departamento de Economia e Estatística do RS, extinta FEE, que foram publicados em dezembro.

Vamos ao que interessa então. Segundo os dados publicados pela DEE, para os anos 2017 e 2018, temos como PIB (produto interno bruto – riqueza realizada nestes anos) os seguintes valores: em 2017 – R$ 7.213.745.353 e para 2018 – R$ 7.793.975.232. Um aumento interessante, mas não suficiente. No ranking dos maiores PIB do RS, Santa Maria tanto em 2017 como em 2018 continua em 12º. Isto é, estamos na mesma. O destaque vai para Santa Cruz do Sul, que em 2017 era 10º e em 2018 é a 6º. O que será que “eles” fazem de diferente…? Os dois maiores PIB municipais continuam sendo a Capital e Caxias.

Adentrando nas métricas anunciadas, nota-se uma particularidade importante, ou seja, tanto em 2017 como 2018 a participação de Santa Maria no PIB do Rio Grande do Sul foi idêntica. Isto é, a sua participação foi de apenas 1,70% contra 17% da nossa capital. Em relação ao índice de desenvolvimento o Idese (composto de três indicadores saúde, educação e renda) de Santa Maria ficou em 0,773, ou seja, mediano. O destaque foi o componente saúde do Idese daqui, que foi de 0,844. Somos 186º no ranking dos municípios do RS. Carlos Barbosa (Idese -0,885) está em primeiro lugar. Em 2013, o nosso Idese era de 0,743. Evoluímos 4,03% em 6 anos.

Outro dado revelado é que no ranking do Valor Adicionado dos Serviços (riqueza gerada em comércio/serviços e serviços públicos) somos a 7ª economia no Estado contribuindo com 2,2% da riqueza total do RS. Corroborando a tese que somos uma economia de atividades secundárias, ou seja, a nossa matriz econômica é de consumo, conforme já tinha concluído no texto anterior. Acrescenta-se, a característica de uma economia rentista também.

Um destaque interessante é que a concentração do PIB agropecuário se encontra muito próximos a nós, em Tupã, Júlio, Cachoeira, São Gabriel, Cruz Alta e outras. Esses municípios são os que mais geram riqueza no agronegócio (principalmente na produção de grãos), portanto, há uma concentração de renda próxima a nós. E eles nos circundam do ponto de vista geográfico. Olha aí a questão da liderança regional, e o melhor: para onde vai a renda gerada por eles? Como é bom ser um bom vizinho, hem?

Os indicadores reforçam e revelam muitas coisas sobre o nosso cenário econômico atual. Precisamos disso para fortalecer e preparar um bom planejamento de gestão e estratégico para a nossa cidade. Mesmo que seja de forma breve e objetiva, o que foi escrito aqui já se pode auferir e concluir sobre nossa realidade. E com base nelas podemos tomar decisões mais estratégicas para o nosso município. Estamos terminando o ano mais difícil do século. Sempre é importante saber como estamos e para aonde vamos do ponto de vista econômico. Desejo um feliz ano novo de verdade e de mudança em todos os quesitos. Que tenhamos mais sucesso, saúde e prosperidade em nossas vidas. Feliz 2021!

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