Revista Mix: Brincando e aprendendo sobre os patrimônios de Santa Maria

Mirella Joels

Revista Mix: Brincando e aprendendo sobre os patrimônios de Santa Maria

Foi pensando em também valorizar o patrimônio histórico, cultural e, principalmente arquitetônico de Santa Maria, que um projeto de extensão da UFSM pretende lançar atividades sobre a temática. O projeto Santa Maria em Conserva, nome dado ao trabalho ligado à temática de patrimônio construído pelo Laboratório de Acervo, Editoração e Divulgação da Produção Acadêmica, coordenado pelos professores Leonora Romano e Caryl Eduardo Jovanovich Lopes, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSM, construiu o Na Bagagem. Trata-se de uma maleta com vários jogos para o público infantil sobre a temática do patrimônio de Santa Maria. O projeto ainda está em fase de construção, mas a ideia é que saia do papel no semestre que vem. Conforme Leonora, o objetivo dos jogos é fazer com que as crianças preencham a bagagem cultural desde cedo:– No laboratório, nós desenvolvemos sensibilizações sobre aquilo que é nosso. A gente precisa conhecer, para começar a respeitar e então valorizar. As pessoas acham que patrimônios são só tombamentos, então a gente quer ajudar as pessoas a ver o outro lado e valorizar.O Na Bagagem trará consigo a “Turminha do Patrimônio” que poderá ser utilizada como peças no jogo de tabuleiro e depois como personagens em um teatrinho, junto às maquetes de papel, que têm como objetivo instigar a criatividade das crianças.Conforme Camila Behenck, 21 anos, estudante do 9º semestre de Arquitetura da UFSM e integrante do projeto, os personagens utilizados para os jogos têm nomes relacionados ao conto indígena que representa a origem da cidade (escrito por Cezimbra Jaques, em 1912), à própria cidade de Santa Maria e aos seus bairros: Camobi e Itararé (avô e avó) Imembuí e Morotin (pai e mãe) José e Maria (filho e filha).

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Faz parte da maleta também um jogo de tabuleiro, que terá como cenário a Avenida Rio Branco e a Rua do Acampamento (Centro Histórico de Santa Maria) e um trajeto percorrendo desde a Gare até a casa de Dr. Astrogildo de Azevedo. Durante o percurso, os jogadores passarão por vários edifícios históricos da cidade, além de interagirem também com o patrimônio imaterial santa-mariense:

– Vai acontecer de o jogador parar por uma rodada para comer um galeto do restaurante Vera Cruz, por exemplo, uma massa folhada na Confeitaria Copacabana ou pular duas casas por ter tomado uma Cyrillinha, que lhe conferiu energia. O tabuleiro contará também com caminhos alternativos com trajetos menores, como andar na Estrada do Perau ou passear de trem – conta Camila.

Conforme a estudante, maquetes de papel de versões em miniatura na escala 1/330, para ir recortando e colando, farão com que as crianças se aproximem e conheçam com mais detalhes o patrimônio arquitetônico da cidade.

A cada ano, serão lançadas novas edições com novos edifícios. A estudante conta que a edição inicial da maleta trará maquetes da Gare da Estação (representando o estilo arquitetônico eclético), o Edifício Cauduro (Art Déco), o Edifício Taperinha (moderno) e o Banco do Estado do RS (contemporâneo).

– Por conta do nosso público alvo ser crianças de 6 a 8 anos, não há atividades muito trabalhosas, e também elas devem pedir ajuda aos pais, o que gera a interação familiar – diz Camila

Além disso, as maquetes irão interagir com o jogo de tabuleiro trazendo uma representação em três dimensões do percurso do jogo. Por fim, Na Bagagem irá trazer um quebra cabeças sobre os morros, patrimônios naturais da cidade; e um álbum, composto por 26 figurinhas em preto e branco, que ilustram patrimônios de Santa Maria. Para colorir as crianças devem ir até os locais para saber as cores certas, o que as levará também a interagir com os patrimônios locais.

– Após o orçamento, vamos buscar parcerias através de editais e fomento, mesmo que a gente não consiga no primeiro momento muitos exemplares, isso é uma coisa que depois a gente vai ampliando de acordo com a absorção do público – diz a Leonora.

Conforme a professora, além da própria Pró-Reitoria de Extensão da UFSM, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS também apoia o Na Bagagem. A data estipulada para desenvolver todas as peças da maleta é até o final do ano. A ideia é levar o tabuleiro para as escolas municipais, estaduais e particulares da cidade de Santa Maria a partir de 2023. O grupo pretende testar a adequação da faixa etária do primeiro protótipo na Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo, da UFSM.

Mais informações: santamariaemconser.wixsite.com/santamariaemconserva

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