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Restaurante Universitário recebe metade do público esperado no primeiro dia de reabertura

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Depois de quase dois anos fechado em função da pandemia, e após o término das reformas no espaço, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) voltou a funcionar nesta segunda-feira. O retorno foi escalonado, com agendamento, e diferente do formato tradicional. Ao invés do bufê livre, as refeições foram distribuídas em marmitex.

De acordo com a pró-reitora de assuntos estudantis (Prae), Gisele Guimarães, a medida segue uma orientação do Centro de Operações de Emergência em Saúde para Educação (COE) e foi adotada para evitar aglomerações e garantir a proteção dos estudantes em razão da pandemia.

Nesta primeira fase de operação, apenas moradores da Casa do Estudante, que estão em situação regular e cadastrados na Prae, podem fazer as refeições, que incluem almoço e jantar.

Segundo a direção do RU, são 737 pessoas que se enquadram nessa condição. Porém, no primeiro dia de retorno, 352 estudantes, ou seja, metade do público esperado, realizaram o cadastro prévio para retirar o almoço. No local, houve formação de fila antes do começo das entregas. Após o início do serviço, o fluxo aumentou, mas não foi registrado demora enquanto a equipe do Diário esteve no restaurante.

Até o meio-dia de segunda-feira, quando o agendamento para o jantar ainda estava disponível, 375 pessoas já haviam se registrado para a refeição.


PRÓXIMOS PASSOS

No próximo mês, o restaurante deverá atender também quem não está regularizado, como aqueles alunos que já retornaram para a moradia. Porém, não informaram às instâncias da universidade. Conforme a pró-reitora, ainda serão estudadas o formato das refeições, com marmitex ou com bufê livre.

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A expectativa é que em abril, durante o retorno das atividades presenciais, o local possa reabrir com capacidade para atender toda a comunidade acadêmica. Nesta terceira e última fase, as refeições seguirão no mesmo formato anterior à pandemia, com agendamentos e bufê livre.

- Com a retomada das aulas, vamos seguir todos os cuidados (sanitários) dentro da dinâmica do distanciamento social, do uso das máscaras e do álcool gel - explica a pró-reitora.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO

Até o momento, quem dependia do RU para se alimentar estava recebendo um auxílio alimentação de R$ 350. Segundo a pró-reitora, a última parcela do benefício deve ser paga em março.

- Nós avançamos na assistência estudantil pois, a partir de agora, os estudantes recebem o auxílio mais as refeições. Então, não houve perda de direitos - afirma Gisele.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário)

CRÍTICAS

A opinião não é compartilhada por alguns alunos, como Rafaela Chaves, de 22 anos. A acadêmica do curso de Educação Especial, que também faz parte da diretoria da Casa do Estudante, mora na universidade desde 2018 e tem uma filha de um ano. Para ela, o auxílio não foi suficiente para suprir todos os gastos.

- Na pandemia foi extremamente difícil para nós porque o auxílio não era suficiente. Se eu não tivesse conseguido um estágio e uma bolsa, nós teríamos passado fome. Nós ficamos felizes com a volta do RU, mas sabemos que a luta não acabou - comenta.

Com relação ao momento atual, Rafaela ainda relata que devido ao horário de abertura do RU, ela deve ficar sem o jantar.

- Eu saio do trabalho às 19h e não vou conseguir comer aqui. Tem gente também que vai ficar sem almoço, e a UFSM ainda não nos deu uma resposta sobre isso. Se eu estou aqui nesta fila é porque eu realmente preciso. Queremos que a universidade atenda 100% das nossas demandas, e não apenas 30%, como é hoje - lamenta.

As refeições estão sendo servidas entre 11h30min e 13h, no horário do almoço, e das 18h às 19h15min, à noite. Segundo a Prae, o período foi definido em função da operacionalização técnica da cozinha.

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Já o aluno do curso de Agronomia Rogério Menezes, 26 anos, relata que prefere receber o auxílio, pois a quantidade de comida no marmitex é pouca. Ele também reclamou da falta do café da manhã, que ainda não foi retomado pela UFSM.

- É um direito nosso (a alimentação completa). O que eu faço com os R$ 350? Vou ter que usar o dinheiro para suplementar o almoço e pagar o café da manhã? - questiona.

Em resposta ao questionamento do estudante, a pró-reitora Gisele citou que desde 2019, a UFSM teve redução de cerca de 30% do orçamento da assistência estudantil. Ela também explicou que melhorias podem acontecer nos próximos meses, mas, isso vai depender da situação da pandemia.

- A nossa garantia está diretamente relacionada às questões da Covid-19. Se continuar havendo um avanço (da pandemia) e ter a necessidade das entregas de marmitex, nós, infelizmente, não vamos conseguir servir o café da manhã. Nas perspectivas mais otimistas, nós abriremos março com a potencialidade máxima do RU, com café, almoço e jantar - finaliza Gisele.

Laura Gomes

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