Monitoramento

Número de famílias de Santa Maria que vivem em áreas de risco triplica nos últimos anos

Arianne Lima

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

Nos últimos três anos, o número de famílias de Santa Maria que vivem em áreas de risco quase triplicou. Em 2019, o relatório da Defesa Civil de Santa Maria contabilizava 145 famílias distribuídas pelas 22 áreas monitoradas. Este ano, o número chega a 321, o que equivale a mais de 1,2 mil pessoas em locais com potencial para alagamentos, inundações e deslizamentos no município.

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Em entrevista ao programa F5, nesta segunda-feira, o superintendente da Defesa Civil de Santa Maria, Adão Lemos, afirmou que o crescimento é resultado de diversos fatores, que vão desde o aumento do vistorias feitas pelo órgão até a constatação de que há moradias irregulares sendo construídas em áreas de preservação permanentes (APP) e de risco.

- O que nós temos verificado foi, primeiro, o aumento das vistorias feitas pela Defesa Civil. Nós aumentamos nosso efeito e, automaticamente, temos mais perna para verificar esses pontos. Segundo é que há um aumento dessas invasões em áreas de preservação permanente, ou seja, locais indevidos nos quais não deveriam estar morando pessoas lá. E principalmente, em locais de risco, que são ao pé do morro, ao pé de um barranco, onde pode acontecer um deslizamento, por exemplo. Também ao lado de um arroio, que é muito complicado. Há uma distância minima de 15 metros que deve ser respeitada e, muitas vezes, essas casas não respeitam esse distanciamento. Então, o risco potencial aumenta muito - afirma Lemos. 

MONITORAMENTO

Com uma equipe composta por 14 integrantes, a Defesa Civil de Santa Maria busca intensificar o monitoramento de áreas em que os efeitos da chuva são reincidentes, além de buscar soluções para antigos problemas enfrentados pela população. No município, 81 pontos são considerados de risco. O dado resultou na confecção de 10 mapas entregue pelo Instituto de Planejamento (Iplan) ao órgão em 10 de fevereiro. 

Segundo Lemos, os desastres mais monitorados em Santa Maria são inundações, vendavais e alagamentos. Os dois primeiros são efeitos da natureza, mas o último tem causa humana, sendo motivado muitas vezes pelo acúmulo de lixo em bueiros e tubos. Em bairros como o Campestre do Menino Deus, Itararé, Presidente João Goulart, Pé-de-platano, Patronato e Km3, há registro de áreas de deslizamento. Por bairros, confira a lista referente aos pontos e situações monitoradas:

  • Tancredo Neves - 1 ponto de alagamento
  • Pinheiro Machado - 8 pontos de alagamentos e inundações
  • Renascença - 1 ponto de inundação
  • Juscelino Kubitschek - 6 pontos de alagamentos e inundações
  • Noal - 2 pontos de alagamentos e inundações
  • Urlândia - 4 pontos de alagamentos e inundações
  • Chácara das Flores - 3 pontos de alagamentos e inundações
  • Caturrita - 3 pontos de alagamentos e inundações
  • Carolina - 1 ponto de deslizamento/alagamento
  • Divina Providência - 7 pontos de alagamentos
  • Salgado Filho - 4 pontos de alagamentos e deslizamentos
  • Passo D'Areia - 1 ponto de alagamento
  • Centro - 1 ponto de alagamento/inundação
  • Nonoai - 2 pontos de alagamentos/inundações
  • Nossa Senhora Medianeira - 3 pontos de alagamentos
  • Itararé - 2 pontos de deslizamentos e inundações
  • Campestre do Menino Deus - 3 pontos de alagamentos e deslizamentos
  • Presidentes João Goulart - 4 pontos de deslizamentos e alagamentos
  • Km3 - 3 pontos de deslizamentos e alagamentos
  • Tomazzetti - 2 pontos de alagamentos
  • Lorenzi - 1 ponto de alagamento
  • Passo das Tropas - 1 ponto de alagamento
  • Pé-de-Plátano - 1 ponto de deslizamento
  • Camobi - 3 pontos de alagamentos
  • Arroio Grande - 2 pontos de alagamentos
  • Agroindustrial - 1 ponto de alagamento
  • São José - 2 pontos de alagamentos
  • Nossa Senhora de Fátima - 1 ponto de alagamento
  • Bonfim - 1 ponto de alagamento
  • Diácono João Luiz Pozzobon - 1 ponto de alagamento
  • Cerrito - 1 ponto de alagamento
  • Patronato - 2 pontos de deslizamentos e alagamentos
  • Estrada Passo da Ferreira (sem bairro) - 1 ponto de alagamento
  • Passo da Taquara (sem bairro) - 1 ponto de alagamento
  • Avenida Vista Alegre (que dá acesso ao distrito de Arroio Grande) - 1 ponto de alagamento

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