Foto: Gabriel Haesbaert
A previsão é de retorno gradativo a partir do dia 3 de julho
Na última terça-feira (13), a reportagem do Diário esteve no Restaurante Popular de Santa Maria para tentar compreender os motivos dos usuários não estarem realizando as refeições no local. Com o atual modelo “pegue e leve”, implementado na pandemia, muitas pessoas levam para casa a comida. Contudo, outras, em situação de vulnerabilidade social, precisam almoçar na rua, mesmo com o frio dos últimos dias.
Desde maio de 2022, o Restaurante Popular é de responsabilidade da empresa comandada por Ana Amélia de Freitas Saccol, que venceu o processo licitatório com um valor de R$ 1.024 milhão por 12 meses, prorrogável por mais 60 meses.
Em entrevista à rádio CDN nesta quarta-feira, o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social, Leonardo Kortz, explicou o motivo da não utilização do espaço para refeições:
– Desde a contratação, que foi realizada ainda em meio à pandemia, existiam cláusulas que não permitiam o retorno imediato. Começamos a conversar com o Conselho Municipal de Segurança Alimentar de Santa Maria (Comsea) para tratar formas de retorno presencial de uma forma gradativa. A previsão é de retorno no dia 3 de julho. As pessoas vão ter a oportunidade de se alimentar dentro do restaurante com a marmita ou levar para casa – afirma Kortz.
O presidente do Comsea, Juarez Felisberto, garante que a posição do conselho é de retomada para o atendimento presencial.
– O objetivo do Restaurante Popular é o atendimento presencial com dignidade. Não há mais por que postergar. A proposta do Comsea é agilizar o máximo possível. Embora também entendemos que há uma transição natural – afirma o presidente do órgão.
Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Social, 80% das pessoas que utilizam o serviço preferem o atendimento nos moldes atuais de “pegue e leve”.
Reajuste no preço da refeição
Há uma tendência de que seja feito um reajuste para R$ 4 no valor da refeição. De acordo com Leonardo Kortz, haverá um aviso prévio de 30 dias para evitar surpresas.
– Desde que o restaurante foi aberto, o valor permaneceu o mesmo. Temos uma estimativa de aumento máximo de R$ 1, valor que já foi aprovado pelo Comsea, mas não tem uma data prevista – explica o secretário adjunto.
Felisberto explica que a proposta do Executivo para aumentar o valor da refeição foi aprovada pela maioria do conselho, mas ele se mostrou contrário:
– Eu defendi uma posição de que a prefeitura arcasse com esse valor, mas fui voto vencido. O Conselho concordou com o possível aumento – ressalta.