Foto: Charles Guerra (Arquivo Diário)
Fechado há quase 10 meses, o Clube Caixeiral, considerado um patrimônio histórico da cidade, só deve reabrir em 2019. Essa é, ao menos, a meta da direção da entidade social. Por enquanto, o prédio sofre com a ação do tempo e o hall de entrada tem sido utilizado como dormitório por moradores de rua. Depois que cerca de 40% do telhado desabou, em 6 de fevereiro, atingindo o palco e parte do salão do segundo piso, foi feito o plano de reconstrução do telhado e entregue ao Instituto de Planejamento de Santa Maria (Iplan).
Com problemas de infiltração no telhado, prédio histórico de Santa Maria será desocupado
O projeto traz sugestões para recuperar a cobertura. O desabamento ocorreu em função da madeira apodrecida por conta da infiltração de água da chuva, de acordo com o laudo. Depois de passar por análise pelo Iplan e pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Maria (Comphic-SM), foi autorizada a troca do material do telhado original, de telhas cerâmicas por metálicas.
- Os arquitetos do escritório que prestam serviço de assessoria para o clube pediram para retirar o que restou e para alterar a materialidade do telhado. Estão autorizado a fazer a troca conforme o laudo emitido em agosto - diz Daniel Pereyron, presidente do Iplan.
Conforme o arquiteto Marcus Coden, a primeira parte já foi executada, que é o projeto de cobertura. Agora, resta definir a empresa que executará a obra, tarefa que cabe à direção do clube.
- O laudo elaborado após a inspeção apontou que todo o telhado precisa ser trocado, não adianta fazer apenas a parte danificada. Antes, a estrutura era de madeira, e o telhado de cerâmica. Agora, por questões de segurança e praticidade, a ideia é utilizar telhas metálicas, que remetam à telha colonial, ficando similares do ponto de vista do observador - diz.
PATROCÍNIO
De acordo com o presidente do Clube Caixeiral, Lauri Pötter, três empresas já apresentaram propostas. Há a possibilidade de patrocinadores pagarem a reforma, mas nada ainda foi definido, nem o valor do investimento, que precisará ser aprovado pela direção do clube.
- Estamos em fase de cotação de preço para ver quem vai executar a obra. Depois, precisamos definir como captar a verba. Creio que, dentro dos próximos 10 dias, teremos a definição da empresa e, quem sabe, já assinamos o contrato, daí temos que partir para decidir como vamos financiar - afirma Pötter.
Obras no Caixeiral ainda dependem de aprovação do Iplan
O Caixeiral alugava o salão para festas e um restaurante, que foi fechado após o desabamento do telhado. A obra da nova cobertura deve durar 90 dias. Também será necessário reformar o salão de festas, que teve o piso destruído pela chuva.
Fundado há mais de 140 anos, o prédio havia passado por reformas em 2015.