20 de setembro

Próximo ao Dia do Gaúcho, lojas de artigos tradicionalistas se adaptam a nova realidade

Laíz Lacerda

No mês mais esperado pelos gaúchos, até mesmo as festividades, tradicionais de 20 de setembro, precisaram se adaptar à nova rotina devido à pandemia. E, essa adaptação, também está sendo realizada pelas lojas de artigos gaúchos.

De acordo com a proprietária da SM Pilchas, Talita Nunes, 26 anos, o Dia 20 de Setembro, é considerado o Natal dos lojistas deste segmento. Para ela, o início foi complicado, mas a aposta nas redes sociais e nos serviços de tele-entrega trouxeram bons resultados.

- Diariamente, nós fazemos a entrega de pelo menos duas encomendas. Serviço que antes da pandemia não tínhamos na loja, mas que incrementamos para melhor atender o cliente - conta Talita.

Trabalhar com as redes sociais e oferecer um regalo aos clientes é uma das ferramentas utilizadas pela empresária Débora Peixoto, 33 anos, para atrair o público. Ela que é proprietária da loja La Campana Pilchas crê que quem é apaixonada pela tradição não deixará de caprichar na indumentária:

- Neste ano não estamos com muitas expectativas para o dia 20. Mas, não podemos desanimar. O santa-mariense gosta de vestir a indumentária gaúcha, e as nossas promoções tem animado o cliente.

Para a técnica em radiologia Renata Rechia, 27 anos, a tradição gaúcha é homenageada o ano inteiro por ela e pela família, que fazem questão de usar as tradicionais pilchas. Ela que já garantiu uma bombacha nova para a filha, conta que, mesmo com a pandemia, a tradição não pode acabar:

- Temos que manter a tradição e ter orgulho de sermos gaúchos, o tempo todo, não apenas no dia 20 de setembro.

PRODUTOS COM MAIS VISIBILIDADE
Com queda nas vendas, comparado ao ano passado, os empresários estão apostando em promoções. Nas vitrines, os vestidos e saias deram lugar a bombachas, artigos para chimarrão e churrasco.  

- Tivemos uma queda de aproximadamente 50% nas vendas. Mas a gente não pode se queixar, ainda mais por causa da situação que estamos vivendo - conta Débora.

Para o empresário João Minozo, 60 anos, as festividades serão diferentes neste ano, mas que um bom atendimento, produtos de qualidade e promoções vão trazer o público para o comércio. Ele que é proprietário da Art Couro, que está há 21 anos no mercado, também apostou nas redes sociais como forma de fomentar as vendas.

- A gente espera que os tradicionalistas, quem está na lida campeira, continue comprando a tradicional indumentária de nós gaúchos - conta Minozo.

Para a autônoma Lidi Veiga, 35 anos, que fazia questão de incrementar a roupa das crianças para ir à escola, e caprichava na indumentária da família, às compras foram adiadas. Ela conta que em 2020 a data será comemorada com toda a segurança e um chimarrão na sala de casa.

Os vestidos de prenda infantil eram peças que não podiam faltar nas vésperas do Dia do Gaúcho na loja de Talita. Segundo ela, as peças eram muito vendidas:

- Esse foi um setor na loja que eu nem investi esse ano. A procura aumentou principalmente no setor de arreios e apetrechos para o chimarrão e churrasco.

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