Um ano depois

Protesto marca um ano das quatro mortes na Cascata do Mezzomo

Pâmela Rubin Matge


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Familiares e amigos de vítimas pedem a interdição da Cascata do Mezzomo

Um pequeno grupo de familiares de vítimas da Cascata do Mezzomo organizaram, desde as 8h30min desta segunda-feria, um protesto que saiu da Praça Saldanha Marinho e se dirigiu ao Fórum de Santa Maria para registrar a indignação frente ao caso. A tragédia marcou o último verão na região central do Estado.

Há exatamente um ano, quatro pessoas morreram enquanto tomavam banho na queda d'agua, na localidade de Val Feltrina, em Silveira Martins. Três eram da mesma família: Luciana Aguirre Trindade, 37 anos; Vinícius Trindade Monteiro,11; Karina Trindade Noronha, 19, que estava grávida, além de Roberta Vanessa Ortiz Martim, 35, que também tomava banho no local.

Arrendatários da Cascata do Mezzomo são indiciados por quatro mortes 

As mortes aconteceram minutos depois de uma chuva intensa que atingiu a região e que provocou um a inundação súbita. Segundo especialistas, o fenômeno é chamado de "flash food".

_ Eu esperava mais amigos e familiares, pois não queremos que outra família passe por isso. Meu neto, que crio desde que a mãe dele morreu, tem cinco anos e lembra de tudo. Hoje metade de mim também morreu e não é a cadeia ou qualquer dinheiro que trará meus filhos de volta. Queremos é que aquele lugar seja interditado _ relatou a doméstica Sonia Isabel Trindade, 51 anos, mãe de Vinícius e Karina.

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
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NA JUSTIÇA 
Em julho do ano passado, após cinco meses de investigação, foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) os arrendatários da área privada. Conforme o inquérito policial, havia exploração da atividade econômica e, portanto, responsabilidade pela segurança das pessoas. O local que, inclusive, era demarcado com avisos (placas) de "perigo", mas não mantinha salva-vidas ou equipamentos de segurança como boias, coletes ou cordas. A investigação policial também descartou a responsabilização criminal da prefeitura de Silveira Martins e o caso foi remetido ao Ministério Público (MP) e arquivado. 


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