Greve da rede estadual

Professores encaminham contraproposta ao governo do Estado 

Joyce Noronha

No último domingo, a greve dos professores estaduais completou dois meses. Na tarde desta segunda-feira, uma assembleia regional, no Salão Nobre da escola Cilon Rosa, para organizar uma contraproposta ao Estado, que apresentou proposta à categoria no dia 30 de outubro. Os professores fizeram pequenas mudanças no texto elaborado pelo Estado.

O diretor do 2º Núcleo, Rafael Torres, leu o texto passado pelo Executivo e comentou as modificações, orientadas pelo sindicato. Entre as alterações, os professores não aceitaram o primeiro ponto da proposta do Palácio Piratini, que se refere ao pagamento integral dos salários da categoria a partir de 30 de dezembro desde que o governo consiga vender ações do Banrisul. Torres entende que o Estado quer que "os professores assinem venda de patrimônio do Rio Grande do Sul", como se concordassem com a ação do Executivo.

Outro ponto modificado pelo Cpers é referente ao reajuste salarial. O governo estadual apresentou negociação com o índice aproximado de 21,85% para a reposição, mas o sindicato quer o reajuste salarial igual ou maior a 21,85%. 

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Torres explicou esta alteração como uma forma de "não abrir margens a negociações" por parte do Estado. Como sugestão, os professores indicam ao governo a arrecadação dos impostos para garantir a integralização dos salários.

 A proposta que foi aprovada pelos professores do 2º Núcleo, nesta segunda-feira, será apresentada em assembleia geral da categoria, em Porto Alegre em data a ser confirmada.

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Torres afirma que se o Estado acatar a contraproposta da categoria, "há possibilidade de ver um fim para a greve". Porém, o professor acredita que não será simples.

– O Sartori provavelmente vai apresentar uma tréplica. Vamos aguardar para ver o que eles vão apresentar para gente. Se eles aceitarem a nossa contraproposta, daí começamos a ter conversa – avaliou.

 Santa Maria, RS, Brasil 06/11/2017. Os professores do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato realizaram na tarde desta segunda-feira, 06 de novembro, uma assembleia regional para discutir sugestões para uma contraproposta ao Estado, que apresentou proposta à categoria no dia 30 de outubro. No domingo, 5 de novembro, a greve dos professore completou dois meses. A proposta aprovada na assembleia regional será apresentada na próxima assembleia geral da categoria, que ainda não tem data nem horários definidos.
Foto: Charles Guerra / New Co

NA CIDADE
A escola Marieta D'Ambrósio publicou anuncia em rede social, hoje, para informar que os alunos dos 6º anos do Ensino Fundamental voltam a ter aulas a partir desta quarta-feira. Contudo, o Diário ligou para as cinco escolas que no último levantamento feito pela reportagem, no dia 25 de outubro, confirmaram que seguiam em greve total para fazer um comparativo. 

Os colégios Cilon Rosa, Maria Rocha, Manoel Ribas e Marechal Castello Branco seguem com paralisação total das atividades. A escola Cícero Barreto, que no último levantamento afirmou estar greve total, não atendeu às ligações feitas, nesta segunda-feira, das 14h às 18h.

VIGÍLIA
Nesta terça-feira, os professores vão a Porto Alegre para fazer uma vigília em frente a Assembleia Legislativa. A categoria quer acompanhar a sessão dos deputados estaduais para tentar evitar a votação de projetos e Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que, segundo os professores, retiram direitos dos servidores do Executivo estadual.

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