Saúde

Pátios foram vistoriados no mutirão contra o Aedes aegypti do bairro Juscelino Kubitschek

"

Agentes de saúde e militares do Exército deram continuidade nesta terça-feira ao mutirão contra o Aedes aegypti no bairro Juscelino Kubitschek, em Santa Maria. O trabalho no bairro, considerado um dos locais com maior incidência do mosquito no município, foi realizado também em 4 de fevereiro. Na ocasião, a meta era visitar as 4.915 casas. No entanto, as equipes haviam conseguido estar em 50% delas.

Ao contrário do Dia D de Esclarecimento sobre o Aedes aegypti, no sábado, em que os moradores receberam apenas material informativo sobre o mosquito, nesta terça as equipes entraram nos pátios. O Dia D foi criticado por especialistas de Santa Maria, que não o consideraram uma estratégia efetiva para acabar com o mosquito. 

Depois dos casos confirmados, combate ao Aedes precisa ser intensificado em Santa Maria

Nos primeiros 80 minutos de trabalho, o agente de saúde Guilherme Verardo e o soldado do Exército Leonardo Freitas já tinham passado em 34 casas. Em 10 delas, ninguém os havia atendido. Da rua, eles avistaram em uma dessas moradias um possível criadouro, um tonel aberto. Uma outra moradora abriu a porta, mas pediu para eles retornarem em 15 minutos. Algumas residências depois, havia só menores de idade. De acordo com Verardo, a equipe não pode entrar nos pátios sem a presença de um adulto.

Sonia Falk do Amaral, 68 anos, não só recebeu o mutirão, mas também permitiu a entrada da equipe. Ela tem, nos fundos da moradia, uma casa em demolição. Lá dentro, há eletrodomésticos em desuso. Com a ajuda do filho, Sonia irá deixar na frente de casa um micro-ondas e um monitor velhos para que sejam recolhidos nesta quarta, pelos caminhões do mutirão.

– Já chamei um senhor para limpar aqui, mas ele se apavorou, disse que era muito perigoso. Vou arrumar outro – disse Sonia ao agente.

Ao receber os folhetos sobre as medidas adotadas para evitar a proliferação do mosquito, o aposentado Lázaro Egmon Marques, 79, foi logo dizendo no portão, educadamente.
– Tenho garrafas de vidro, mas estão todas viradas. A gente controla isso. Tenho tudo dentro das normas, sou muito cuidadoso – falou. Nem foi preciso uma vistoria no pátio.

Segundo Verardo, passar do portão depende da necessidade, da existência de possíveis criadouros. Antes do mutirão, foi feito um mapeamento no bairro, para a identificação dos materiais que as pessoas poderiam descartar.
– No nosso trabalho de rotina, procuramos larvas– explica.

Até o final desta semana, devem ser definidas as datas para o mutirão nos bairros Medianeira e Nossa Senhora de Lourdes.

– A responsabilidade nas residências é de cada morador. Nós verificamos, auxiliamos com informações e, se tiver que verificar focos, verificamos. Mas o morador tem de fazer a sua parte – ressaltou a superintendente de Vigilância em Saúde, Selena Michel.

Nesta quarta, caminhões vão circular pelo bairro para recolher o lixo deixado na frente das casas, na calçada, pelos moradores. Eles ganharam sacos para acondicionar os detritos. Confira abaixo os tipos de materiais que serão recolhidos (apenas criadouros do inseto):

O que será recolhido
– Garrafas pet
– Latas, vasilhas, copos e outros recipientes semelhantes
– Embalagens plásticas/materiais descartáveis
– Metais (latas de tinta)
– Baldes
– Pedaços de lonas
– Embalagem longa vida
–"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

SambaNejo faz apresentação no bar Dom Zé, hoje

Próximo

PRF flagra automóvel argentino com placa adulterada na BR-290 em Rosário do Sul

Geral