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OPINIÃO: 60 anos

Mário Gaiger

Caros leitores e direção do Diário, peço desculpas por ocupar este espaço falando, em primeiro lugar da empresa, que, ontem, 4 de julho, completou 60 anos.

Em 1957, abri a empresa na Rua do Acampamento, 405, local do antigo Colégio Fontoura Ilha, e onde a Central de Máquinas iniciou suas atividades. A Rua do Acampamento tinha calçamento em pedras e duas mãos.

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Iniciei com muita vontade de construir uma empresa diferenciada. Já frequentava, à noite, a Faculdade de Economia e tinha uma jornada diária de 16 horas. A loja abria às 6h, pois, pela Acampamento, passavam os carroceiros que vinham para a feira livre, os padeiros que distribuíam o pão, os leiteiros com seus tarros de leite. 

Santa Maria era um polo na área médica, pois grande parte dos clientes da serra e do oeste catarinense vinham consultar aqui. Os pacientes saíam dos consultórios dos oftalmologistas, e eu me disponibilizava para aviar as receitas dos óculos e entregá-las nos hotéis Pozzobon, Glória e alguns outros, antes da partida do trem da serra, que saia às 7h30.

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Com muito trabalho e esforço, aumentei a clientela, já buscando funcionário e auxiliar de laboratório.

Quando a empresa completou 15 anos, mudei para um espaço maior, na Rua do Acampamento, 365.

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Já participava do Lions, CDL, Cacism... No mesmo ano, fui convidado pelo bispo dom Erico Ferrari para um cursilho em Londrina, no Paraná. Na volta, criamos esse Movimento em Santa Maria, pelo qual já passaram milhares de homens e mulheres, e, com certeza, muitas vidas mudaram. 

A empresa se diferenciava das outras óticas da cidade – Pereyron, Troian, Mergener, etc. – pois eu era o proprietário e ótico, enquanto, nas demais, o ótico era um funcionário.

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Fui a São Paulo e participei do 1º Congresso de Ótica, onde tive a oportunidade de conhecer grandes óticas e laboratórios óticos, inclusive em Campinas, a Clínica Penido Burnier, que era referência em oftalmologia e ótica.

Voltei com muita vontade de colocar Santa Maria na vanguarda da ótica. Tive oportunidade de oferecer aos meus funcionários cursos e estágios nos melhores laboratórios de São Paulo e de Minas Gerais.

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Hoje, quando a empresa completa 60 anos, meu maior agradecimento por tudo o que consegui é a Deus e à Mãe Medianeira, que, no 4 de julho de 1957, foi entronizada na empresa, e é a nossa protetora. Peço que ela ilumine meus filhos e netos, que darão continuidade à empresa, norteando seu trabalho com muito amor, respeito e honestidade, acima de qualquer outro objetivo.

Lamentavelmente, aos 85 anos de idade e 60 anos de empresa, carrego no coração o sofrimento de ver o Brasil, pátria que amamos, transformada num covil de ladrões. Creio que a minha geração falhou. Mas não perco a esperança. Sempre dizemos que Deus é brasileiro. Certamente guiará os passos da geração de hoje e fará com que a verdadeira justiça aconteça e que todos, sem distinção, que roubaram vergonhosamente, sejam punidos.

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A esta nova geração, o que posso dizer é que vale a pena ser honesto, mesmo quando sofremos injustiças. Vocês, jovens, têm esta grande responsabilidade de construir um Brasil novo, como aquele do nosso hino.

Ordem e Progresso, com honestidade, com luta, com doação, sofrendo, mas sabendo que os filhos e os netos de vocês não terão do que se envergonhar e poderão viver em um país livre de corrupção e de políticos traidores dos seus eleitores. 

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Nós, cristãos, não podemos ser omissos. As igrejas católicas e as protestantes e todas as que creem em Cristo não podem ficar caladas, precisam se unir. Cristo, no templo, expulsou os corruptos. Também nós temos que agir, pois ele disse: ¿Não sejais mornos, pois eu os vomitarei¿. Também as nossas entidades não podem ser omissas. Precisam tomar atitudes, lembrar que temos 14 milhões de desempregados. Façamos um esforço, nos coloquemos no lugar destes homens e mulheres. O que faríamos se não tivéssemos o salário para sustentar nossos filhos?

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