Foto: Rogério Schmidt Jr. (Rádio Independente)
Em meio aos desdobramentos do grave acidente com ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que vitimou sete estudantes do Curso de Paisagismo, o programa Jogo de Cintura falou sobre os efeitos de uma tragédia na edição desta segunda-feira (7). O luto coletivo, o emocional e as percepções a partir da cobertura jornalística estiveram em pauta na conversa. Comandado por Fabiana Sparremberger, o programa recebeu a jornalista Thais Immig e as convidadas Aline Rosa, Michele Bomicieli e Deborá Evangelista.
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Desde o acidente, registrado em Imigrante na sexta-feira (4), que sucedeu outras tragédias como o caso Théo em São Gabriel, a comunidade lamenta e repercute as perdas. E os sentimentos são diversos, conforme relataram as convidadas: revolta, tristeza e solidariedade. Nesses momentos de comoção coletiva é natural esse tipo de reação:
– Em tragédias como essa falamos muito na imprevisibilidade da vida. Nós, como seres humanos, buscamos ter o controle das coisas. E as tragédias nos mostra que não temos nada seguro e constante para sempre. E como lidamos com isso, é que vai fazer a diferença. É natural uma pessoa que passa por um momento de estresse, ou seja, as tragédias, é sentir medo, ansiedade e vigilância. O que precisamos cuidar é se esses sintomas perduram – afirmou a psicóloga Michele Bomicieli durante o programa.
A tragédia coletiva x individualidade
Os diferentes efeitos do acontecimento também abordados. Na oportunidade, as convidadas compartilharam a forma como vivenciaram a tragédia e acompanharam os seus desdobramentos.
– Essas tragédias, em cada um de nós, vai disparar gatilhos, de acordo com as nossas vivências. O primeiro gatilho que me despertou foi o do professor. Por diversas vezes na minha vida, eu coloquei alunos em um ônibus para fazer atividades. E temos uma responsabilidade muito grande – contou Deborá Evangelista.
Veja o programa na íntegra:
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