representatividade importa

No Mês da Consciência Negra, alunos da UFSM se reúnem para foto coletiva

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A luta antirrascista é uma batalha constante, protagonizada pela população negra, mas que deve ser apoiada pela sociedade em geral. Em alusão ao Mês da Consciência Negra e da batalha por representatividade em todos os espaços, o Observatório de Direitos Humanos da Universidade Federal de Santa Maria decidiu reunir os alunos negros da instituição para fazer uma foto coletiva. A ideia era que esses estudantes pudessem se conhecer, criar redes de apoio, dividir dificuldades e, também, vitórias. Cerca de 50 acadêmicos se reuniram no fim da manhã da última quarta-feira, no gramado dos prédios do Centro de Ciências Rurais, onde fica um letreiro da UFSM, para fazer o registro.

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De acordo com Victor Lopes, servidor da universidade e coordenador do observatório, o órgão busca dar visibilidade às minorias da população. Um dos grupos populacionais trabalhados é o negro. Ele afirma que essas ações são feitas em forma de projetos de extensão, promovendo convivência, fornecendo bolsas e fomentando atividades que tenham como foco as temáticas étnico-raciais.

- A ideia é dar visibilidade para os estudantes negros da UFSM. Então, resolvemos fazer uma foto coletiva para mostrar a presença negra na universidade. A ação também está relacionada com o mês da consciência negra, de novembro, quando a gente faz diversas atividades - comenta Victor.

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Apesar da importância de se ter um mês dedicado ao debate e divulgações de ações que combatam o racismo, é preciso que a luta seja constante durante o ano inteiro. A servidora e pós-graduanda da UFSM, Sthefanny Saldanha de Oliveira, afirma que ter um período dedicado ao assunto traz mais reflexão para as pessoas que, em outros momentos, não pensariam sobre isso. No entanto, é preciso que o debate seja perene.


- A gente não pode se escorar e pensar nisso só nesse mês. Eu acho que é importante para a gente falar sobre a nossa cultura, da cultura de matriz africana, das nossas religiões, nos espaços que queremos chegar. Mas que a gente não use esse mês como uma bengala para falar disso só agora - afirma Sthefanny.

Para Gustavo Rocha, estudante de Ciências sociais na universidade, esse tipo de ação é também um ato político e de resistência:

- Eu acho importante essa questão de aquilombar todos esses estudantes, considerando que vivemos em uma sociedade estruturalmente racista. Então, ter esses corpos negros aqui, todos aquilombados e juntos, mostra que existe lugar para nós aqui - diz o estudante.

Durante todo o mês, o observatório promoverá atividades para gerar debate e reflexão. A programação completa você encontra na página do Facebook.


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