No dia do Artista Plástico, profissionais falam sobre a criatividade

Dedicado a expressar ideias e sentimentos por meio de formas e cores, o artista plástico é responsável por reproduzir uma das manifestações mais antigas da humanidade, a pintura. A arte foi, por muito tempo, o único meio de contar a história de alguns povos, mas se transformou em atividade profissional daqueles que têm a criatividade impressa no DNA. O último sábado, 8 de maio, foi destinado a celebrar esse profissional, que faz muito mais do que pintar quadros, também expressa sentimentos por meio de esculturas, gravuras e objetos.

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ENFRENTAMENTOS

Conforme a diretora do Museu de Arte de Santa Maria (Masm) Marília Chartune, o artista plástico é um profissional que faz arte para o consumo, mas que acima de tudo, representa a cultura e o comportamento da sociedade.– É uma atividade ainda considerada não essencial por muitos. O ideal para se sobressair na atividade e se manter no mercado, é produzir arte de qualidade, com uma identidade própria na linguagem artística. Mesmo assim se enfrenta desafios no mercado. Já que é uma profissão autônoma, fica difícil construir uma estabilidade econômica, por isso, muitos têm outra atividade profissional.

É o que acontece com a artista plástica Simone Rosa, que tem outras atividades paralelas para garantir a renda mensal, e assim, seguir trabalhando com arte.– Acredito que esse seja o maior desafio que os artistas enfrentam – diz.

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Para Simone, o início das restrições foi difícil, já que precisou encerrar as atividades do ateliê e as galerias de arte passaram um bom tempo fechadas.– Mesmo com a queda temporária nas vendas, a produção continuou, e o que compensou foram as exposições no Restaurante Sharong. A mudança mesmo se deu em função do tamanho das pinturas, que antes eu produzia obras maiores, mas durante a pandemia percebi mais saída em tamanhos menores – relata a artista.

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OTIMISMO

O artista plástico Antonio Junior, também precisou se reconfigurar em alguns aspectos. Ele passou a dedicar mais tempo para divulgar o trabalho nas redes sociais e para finalizar encomendas e, mesmo sofrendo os impactos de todas essas mudanças, consegue ver um lado positivo do momento.– Foi um tempo de parar e prestar atenção nas pessoas que amamos e praticar a empatia. É habitual estarmos imersos no nosso ambiente de trabalho, deste modo, houve uma dedicação ainda maior para produção e, também, pensar alternativas para conseguir vender. Além disso, consegui me preparar para processos seletivos e escrever sobre minha produção em pintura – conta Junior.