Municípios ainda contabilizam os prejuízos causados pelo temporal

Uma força-tarefa foi montada em várias cidades do Estado, desde domingo, para contabilizar os estragos causados pelo temporal. As equipes estão calculando os prejuízos e avaliando se vão ou não decretar situação de emergência para conseguir recursos do governo do Estado. Em Santa Maria, conforme o coordenador da Defesa Civil, Cladimir Nascimento, nove casas foram destelhadas no loteamento Lorenzi, na região sul da cidade, mas ninguém ficou ferido. Cerca de 324 metros quadrados de lonas foram distribuídos.

– A gente pede aos moradores para que seja feita a manutenção preventiva nas casas. No caso das telhas de fibra de cimento, os parafusos devem ser apertados  a cada mudança de temperatura para que os telhados não voem em dia de vento – ressalta.

Pelo menos 300 casas foram destelhadas após temporal em Júlio de Castilhos 

Em Cruz Alta, cerca de 500 famílias foram visitadas pela equipe formada pela prefeitura, Secretaria de Desenvolvimento Social, Coordenadoria de Habitação, Corsan, RGE Sul e Defesa Civil. Os moradores receberam roupas, alimentos, material de higiene e de limpeza. Mais de 600 metros quadrados de lona foram distribuídos. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o prejuízo financeiro ainda está sendo contabilizado para depois decretar situação de emergência junto à Defesa Civil Estadual.  Além das casas atingidas pelo vento de 100 km/h, 16 escolas municipais e oito estaduais tiveram o telhado arrancado, muro caído e salas alagadas. A maioria das lojas da cidade estava sem estoque de telhas.

A situação é semelhante no município de Agudo, com danos maiores nas lavouras. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Magdiel Dickwo, os prejuízos estão sendo calculados. Na zona urbana, 30 casas foram afetadas pelo vento. Até amanhã, o resultado do levantamento deve estar pronto. O município não deve decretar situação de emergência.

Um dos locais da Região Central mais atingidos foi a cidade de Júlio de Castilhos. Pelo menos 300 casas foram destelhadas. Ninguém está desabrigado, mas a prefeitura pede doações de materiais de higiene, colchões, roupa de cama e alimentos. O temporal afetou, também, a Expojuc. 

Temporal provoca transferência da Expojuc 2017 para dezembro

O prefeito de Tupanciretã, Carlos Augusto Brum de Souza, comenta que, das 7.338 casas do município, pelo menos 3 mil estão danificadas. O prejuízo está sendo calculado, mas a estimativa é que a prefeitura tenha que arcar com cerca de R$ 500 mil.

– A situação é grave, e o prejuízo foi grande no interior também. A nossa preocupação é com a previsão de chuva para o final de semana. Vamos publicar o decreto da situação de emergência amanhã (hoje) e terminar o levantamento até sexta-feira, mas sabemos que o Estado não tem dinheiro – salienta.

Santa Maria – Duas regiões sem água (cerca de 500 clientes do Bairro Itararé  e 300 do Bairro Campestre do Menino Deus). Segundo a Corsan, o serviço seria normalizado até as 22h de hoje. Conforme a RGE Sul, a energia foi totalmente reestabelecida

Júlio de Castilhos – Três bairros estão sem água (Promorar, Distrito Industrial e Centro-Baixo). Quatro poços estão vazios e, até as 16h de hoje, cerca de 500 pessoas ainda estavam sem água

Tupanciretã – Dois bairros ainda estão com problemas no abastecimento de água em função da falta de energia. Até as 16h de hoje, cerca de 500 clientes estavam sem água

Cruz Alta – De acordo com o gestor da Unidade de Saneamento, as equipes estão fazendo manobras de registros, alguns pontos estão sem água, o problema deve ser resolvido até a madrugada de hoje

Agudo – O reabastecimento de água foi normalizado ontem. Conforme a RGE Sul, 1.059 clientes ainda estão sem luz

São Sepé – Não teve ocorrência de falta de água. Energia elétrica já foi reestabelecida

Itaara -  Abastecimento de água voltou à normalidade na manhã de ontem