Fotos: Arquivo pessoal
Depois de um tempo, estou de volta ao grupo de colunistas do Diário de Santa Maria. Escrever sobre assuntos relacionados à minha cidade – coração do Rio Grande – e contar curiosidades vividas além-mar, na Europa, será um prazer, uma forma de manter os laços com Santa Maria, com os amigos e com os santa-marienses.
Morar longe da nossa terra e da nossa gente é um desafio. As vantagens e as desvantagens alternam-se num conflito de sentimentos a cada segundo. É a descoberta do novo versus a saudade dos familiares; são as novas amizades versus a distância dos amigos de longa data; a possibilidade de conhecer diferentes culturas versus o apego às raízes; é experimentar os vinhos portugueses ao ritmo do fado versus tomar um mate ao som de uma boa música nativista. Ainda bem que a saudade pode ser amenizada com uma chamada de vídeo, graças à tecnologia. Falta o abraço, falta o “cheiro de casa”, mas as imagens transbordam amor. O chimarrão, esse faz parte da rotina, mesmo estando a 9.183 Km de distância. Quando viajo ao Rio Grande, volto com muita erva-mate na bagagem. Aqui só se encontram duas marcas, e o preço é mesmo “amargo” – 8 euros o pacote, cerca de 40 reais, dependendo da cotação da moeda.
Estive em Santa Maria em dezembro de 2021 para passar o Natal e estar com a família. Fui ao calçadão, visitei os shoppings, vi novos empreendimentos e aproveitei também para passear pela região. Fomos, por exemplo, nas Termas Romanas, no Recanto do Maestro. Amamos as piscinas com água quentinha – uma boa infraestrutura no meio de belas paisagens. Na estrada, passamos inclusive por uma área com plantação de oliveiras, onde uma placa exalta que dali vai sair o melhor azeite de oliva – quero experimentar! Na semana passada, li a notícia de que em novembro Santa Maria terá voos para São Paulo, com o início das operações da Gol Linhas Aéreas, isso é importantíssimo para o desenvolvimento econômico e turístico da região central. Sei que a cidade tem potencial para crescer e torço para que, a cada dia, o município seja bem administrado e receba mais investimentos. Tenho orgulho de ser santa-mariense, criada no Bairro Itararé (sou mesmo bairrista). Brinco com os amigos portugueses: mais do que brasileira, sou gaúcha!
Sempre que descubro novos lugares, acabo por achar algum elemento para comparar ou que me faz lembrar de Santa Maria e do Rio Grande. Aliás, aqui na coluna vou contar sobre cantinhos, acontecimentos e paisagens que me remetem a Santa Maria, além de falar sobre outros temas como curiosidades, lugares exóticos e até experiências engraçadas com a língua portuguesa que é “igual, mas diferente”.
Será um espaço para “por a conversa em dia”! Até amanhã!
Michele DiasMeu nome é Michele Dias da Silva, tenho 42 anos, casada, duas filhas lindas e santa-mariense com muito orgulho. Sou formada em Letras pela Universidade Franciscana e em Jornalismo, pela Universidade Federal de Santa Maria; e tenho mestrado em Ciências Sociais, pela Universidade do Minho (Portugal). Trabalhei em telejornal por 15 anos, a maioria destes como editora e apresentadora do Jornal do Almoço. Atualmente, produzo conteúdo para redes sociais de empresas e faço fotos, vídeos e textos sobre as minhas andanças pela Europa porque sou curiosa e apaixonada por descobrir boas histórias.
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