O assunto hoje aqui em Portugal é o pacote econômico anunciado pelo governo para minimizar os impactos da crise financeira que teve início com a pandemia e se intensificou com a guerra na Ucrânia. O primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, apresentou o plano que inclui um auxílio em dinheiro às famílias. O governo vai fazer o pagamento de 125€ (cerca de 643 reais) a cada pessoa que tenha rendimentos de até 2.700€ mensais e também de 50€ por criança ou jovem dependentes até 24 anos. Esses valores serão pagos no mês de outubro. Além disso, o pacote prevê um auxílio aos aposentados, a redução do IVA (imposto) da eletricidade – que passa dos 13% para 6%, entre outras medidas.
O pacote pretende auxiliar as famílias que tiveram o poder de compra reduzido por causa do aumento do custo de vida. A inflação em Portugal chegou a índices que não eram atingidos há 30 anos: no mês de agosto foi de 9%. Para citar um exemplo, o preço do cabaz alimentar, que corresponde à nossa cesta básica no Brasil, subiu 12,4% desde fevereiro. Encher a despensa pode custar 206€ (cerca de 1.000 reais). E a gauchada que vive aqui vai ter que reduzir o churrasco, porque o aumento do preço da carne foi de 17,3%.
Foto: banco de imagens
Essas variações de preços assustam os portugueses, porque aqui a moeda é mais estável e não é comum se ver tanto aumento de um dia para o outro. O pacote de medidas já foi promulgado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
E para terminar o bate papo de hoje um pouco mais leve, uma curiosidade: tu sabes como se chama a cerveja de pressão, chope, aqui em Portugal?
No Norte, onde moro, chama-se “fino”. Já no Sul, o termo usado é “imperial “! E como hoje o assunto era economia, um “fino” custa em média 1,5€ aqui!
Tomando um “fino” com a amiga e comadre Bianca Marques. Foto: arquivo pessoal
Michele DiasMeu nome é Michele Dias da Silva, tenho 42 anos, casada, duas filhas lindas e santa-mariense com muito orgulho. Sou formada em Letras pela Universidade Franciscana e em Jornalismo, pela Universidade Federal de Santa Maria; e tenho mestrado em Ciências Sociais, pela Universidade do Minho (Portugal). Trabalhei em telejornal por 15 anos, a maioria destes como editora e apresentadora do Jornal do Almoço. Atualmente, produzo conteúdo para redes sociais de empresas e faço fotos, vídeos e textos sobre as minhas andanças pela Europa porque sou curiosa e apaixonada por descobrir boas histórias.
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