Santa Maria

Ladrões não entram em férias e agem mais em janeiro

Marilice Daronco

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Os furtos a residência não são crimes considerados violentos. Esse tipo de ocorrência sequer é separada dos demais furtos cometidos na rua, nas estatísticas de criminalidade pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Mas a verdade é que chegar em casa depois das férias ou mesmo ter o descanso interrompido porque ladrões fizeram a limpa onde você mora não é nada agradável, dói no bolso e ainda causa aquela terrível sensação de não estar seguro nem no próprio lar. Janeiro, mês em que a maioria das pessoas está fora da cidade, é, tradicionalmente, aquele em que ocorrem mais arrombamentos de moradias.

Depois que o crime já foi cometido, não há muito a fazer além de trocar as fechaduras _ para evitar uma nova entrada dos bandidos que podem ter cópias das chaves _, reforçar a segurança do imóvel e registrar um boletim de ocorrência dando conta de tudo o que foi levado.

Foi o que fez neste domingo o vendedor autônomo Giovani Medeiros de Mello, 39 anos. Ele foi passar o fim de semana em Itaara, com a família, numa casa alugada pela cunhada. O objetivo era descansar e curtir as belezas naturais da cidade, mas o passeio acabou no início da madrugada de ontem, quando ele recebeu uma ligação avisando que a casa dele, no bairro Km 3, em Santa Maria, havia sido arrombada momentos antes.

Os bandidos entraram pela porta dos fundos, reviraram todos os cômodos da residência e levaram uma televisão, um notebook, R$ 1,5 mil em dinheiro e cerca de R$ 1 mil em joias. Giovani mora há 20 anos no local, sempre viajou e deixou a casa sozinha, mas nunca havia passado por uma situação assim.

_ A gente se sente vulnerável. Eles fazem o que querem com a nossa casa. Agora, tive que colocar alarme e sistema de monitoramento com câmeras. Assim, vou me sentir mais seguro _ diz.

Até domingo, 34 ocorrências

Mas há algumas dicas que, se seguidas à risca, podem ajudar a evitar que você vire uma vítima.

_ O autor desse tipo de delito, geralmente, não tem um perfil violento, nem quer correr riscos. Ele age se tiver certeza que a casa está vazia e que não vai ser flagrado em ação _ diz o delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, da 2ª Delegacia de Polícia Civil.

De acordo com os dados registrados pela Brigada Militar, entre o primeiro trimestre de 2013 e o de 2014, houve uma queda de 7,56% no número de arrombamentos de casas em Santa Maria. Mas, para que a estatística não volte a subir _ em janeiro foram registrados pela BM 34 arrombamentos, até ontem _, é preciso ficar de olho em detalhes, como portas e janelas que, por descuido, ficam abertas.

O "Diário" conversou com especialistas da área de segurança em busca de sugestões para que as casas fiquem mais seguras mesmo nesta época em que muitas pessoas viajam em férias.

_ Muitas vezes, vale mais a pena pagar um pouco para alguém de confiança tomar conta por uns dias da casa, do que deixar tudo abandonado e ter uma péssima surpresa ao chegar e notar o arrombamento _ afirma Gonçalves.

É bom lembrar que os cuidados apontados pelos especialistas valem para a época de férias, mas devem ser adotados durante o ano todo.

_ Ter esses cuidados é algo que as pessoas deveriam fazer constantemente. Porque o bandido sempre está atrás de uma vítima que esteja desatenta. E, para muitos, vale entrar em uma casa para pegar qualquer coisa que possa sustentar o vício em drogas. Então, eles ficam andando por aí, à procura de alguém que tenha cometido um lapso como deixar uma janela aberta ou um portão destrancado _ diz o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto.

* Colaborou Jaiana Garcia

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