Agora, são cerca de 20 pessoas que estão com acampamento montado no terceiro andar do prédio. Os manifestantes exigem a retomada das obras de R$ 5,4 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região, paralisadas desde outubro de 2013. O projeto previa pavimentação de ruas, meio fio, drenagem pluvial, rede elétrica e de esgoto. Cerca de 360 famílias residentes às margens do Rio Vacacaí Mirim deveriam ser beneficiadas, como conta um dos manifestantes, Rogério Rodrigues:
São oito travessas que precisam ser feitas. Não tem água. Agora, dia 17, vão fazer 14 anos que os moradores não tem acesso à água da Corsan. Não têm acesso à luz. E o esgoto, hoje, é colocado à céu aberto, na rua.
O grupo deve permanecer no local até que seja apresentada alguma proposta por parte da prefeitura. Conforme o executivo, a Caixa Econômica Federal (CEF) encaminhou um documento com pedido de correção no projeto do PAC. Ajustes foram feitos e o projeto foi reencaminhado para a Caixa. O banco tem 30 dias para dar um parecer.
A prefeitura ainda emitiu uma nota em que exigiu a saída dos ocupantes até as 22h de sexta, pois foram identificadas crianças no local. O Conselho Tutelar foi acionado e adverte que o prédio não oferece condições de habitabilidade e segurança.
A administração pública registrou um boletim de ocorrência junto à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), pois a porta do imóvel teria sido arrombada. O Ministério Público Estadual (MPE) deve ser acionado pela prefeitura, já que a guarda do imóvel é do executivo.
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