Greve dos caminhoneiros continua com pouca adesão na Região Central

O segundo dia de mobilização dos caminhoneiros, na Região Central, segue sem novos pontos de bloqueio ou de concentração de motoristas nas rodovias. Nesta terça-feira, o bloqueio parcial permanece em dois pontos da BR-392: um em Santa Maria, junto ao posto Buffon, e outro em São Sepé, no posto Cotrisel. No Estado, o movimento enfraqueceu.

Apesar de a greve persistir, nos dois locais de mobilização, o grupo de manifestantes diminuiu desde a segunda-feira. Um pequeno grupo segue monitorando a rodovia nos dois pontos e bloqueando os veículos de carga (com exceção de cargas vivas, perecíveis ou de emergência). Mas, segundo os próprios participantes, o movimento de caminhões é muito fraco nas estradas.

– Foram bem poucos caminhões que passaram por nós ontem, e nem foi preciso chamá-los, eles mesmo já pararam por conta. Aqui, a maioria dos motoristas nem saiu de casa. Os caminhões estão pelos pátios. Acredito que tenha uns 200 caminhões parados na cidade. Queremos melhorias, mas não somos deste grupo com pautas políticas – explica um dos participantes do protesto de São Sepé, que pediu para não ser identificado.

"Queremos o que foi prometido em fevereiro", diz caminhoneiro

Em outros municípios da região, os transportadores apenas não estão saindo para viajar. Em Santiago, Júlio de Castilhos e Caçapava do Sul, onde os caminhoneiros cogitaram aderir ao movimento, ainda não há mobilização. Segundo Rodrigo Cogo, proprietário de uma transportadora em Santiago, existem opiniões diferentes dentro da própria categoria:

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– Teria que parar? Sim, teria. A nossa pauta é a mesma da greve que começou em fevereiro, porque o governo não cumpriu nada até agora. Queremos que baixe o preço do combustível, uma tabela de preços de frete, condições melhores nas rodovias, mas essa coisa de pedir impeachment é ideia de um grupo político, não é de todos os caminhoneiros. Como é que a gente quer negociar com o governo e pedir impeachment ao mesmo tempo? Isso não existe. É por isso que apenas deixamos de viajar, mas não estamos concentrados em nenhum lugar – explica Cogo.