Saúde

Futuro de oito hospitais com até 50 leitos preocupa Região Central

Lizie Antonello

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Um encontro na quinta-feira pode começar a definir o futuro dos Hospitais de Pequeno Porte (HPPs) – aqueles com até 50 leitos – no Estado. A Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e a Secretaria Estadual de Saúde estarão reunidas a partir das 14h, na sede da Famurs, em Porto Alegre, para negociar. A Famurs defende o fortalecimento dessas instituições de saúde. O Estado quer “migrar” as internações dos HPPs para grandes hospitais e transformar os pequenos hospitais em espécies de pronto-atendimentos, unidades ambulatoriais para atender urgências e emergências.

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Os pequenos municípios estão preocupados. É que, para eles, não poder internar pacientes significa fechar leitos (e até hospitais inteiros) e entupir os grandes, como o Universitário de Santa Maria (Husm), na Região Central, e outros da Região Metropolitana, com mais e mais pacientes vindos do Interior.

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Segundo o presidente da Comissão de Municípios com Hospitais de Pequeno Porte da Famurs, Osmar Kuhn, de modo geral, a medida valeria para todos os 125 HPPs do Estado. O Hospital São Vicente do Sul é uma das oito instituições da Região Central (pelo número de leitos) que, em tese, estaria na lista dos que passariam por essa transformação (leia mais no texto ao lado). Em tese, porque o assunto ainda é nebuloso, e a Secretaria Estadual de Saúde não informa os nomes dos hospitais em questão. Enquanto isso, para gestores e prefeitos, o futuro das instituições permanece sendo uma incógnita.

– O governo passado queria fechar blocos cirúrgicos nos HPPs para que não ocorressem mais partos e pequenas cirurgias. Conseguimos derrubar, por meio de uma resolução, em agosto de 2014, para que todos os HPPs recebessem esse incentivo e mantivessem blocos cirúrgicos funcionando. Só que, até agora, os HPPs ficaram a ver navios, porque o Estado não contratualizou os serviços – explica Kuhn.

Em ampliação

O secretário de Saúde do Estado, João Gabbardo, garantiu, em entrevista à Rádio Gaúcha, na Capital, em 2 de junho deste ano, que não vai fechar leitos e, sim, ampliar:

– O que estamos propondo é a ampliação de três mil leitos no Estado, mil deles, na Região Metropolitana. Posteriormente, quando estes leitos estiverem abertos, vamos, gradativamente, em acordo com os prefeitos, migrar internações de hospitais de pequeno porte para hospitais com melhores condições de atendimento dos pacientes. Não é fechar (os HPPs) é transformar em unidades ambulatoriais.

Por meio da assessoria de imprensa, Gabbardo disse que só falará sobre o assunto depois da reunião com os municípios na tarde de quinta-feira.

Hospital São Vicente está sem contrato, sem incentivo e sem bloco cirúrgico

Na Região Central,"

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