Fumaça de queimadas deixa o sol vermelho em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário) 

Quem olhou para o céu na última quinta-feira em Santa Maria presenciou uma cena curiosa: uma densa nuvem, que parecia neblina, cobria a cidade, enquanto o sol em tons de laranja e vermelho proporcionou um bonito entardecer. Entretanto, apesar da beleza do fenômeno, principalmente ao final do dia, a combinação está diretamente associada às queimadas que atingem o pantanal brasileiro.

Conforme o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Metereologia, a alta umidade do ar durante o dia contribuiu para a formação e manutenção da nuvem de fumaça sobre a cidade.

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- São as duas coisas misturadas. É a umidade no ar condensada e também a camada de fumaça que, na quinta-feira, estava mais ativa - afirma o profissional, ao salientar que, com a chegada da chuva, a tendência é que o fenômeno não se repita no curto prazo.

Em relação ao sol avermelhado, a explicação está na alta taxa de partículas suspensas na atmosfera devido à fumaça, o que provoca os tons incomuns.

- É bonito de ver, mas quanto mais laranja ou vermelho for, maior é a incidência de partículas e poluição na atmosfera

Já a cor alaranjada da lua não teve relação à fumaça das queimadas, como muito gente acreditou.

- É principalmente em função da estação que está - informa Verdardo.

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INCÊNDIOS
A fumaça que cobriu o centro do Estado é ocasionada, principalmente, pelas queimadas que atingem o Pantanal. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o mês de setembro foi o que mais registrou focos de incêndio no bioma desde 1998, ano que começou o monitoramento. Até o mês passado, foram registrados 18.259 focos. O maior número registrado até então foi em 2005, quando, ao longo de todo o ano, foram monitorados 12.536 casos.

Institutos de pesquisa também explicam que a fumaça que atingiu o Rio Grande do Sul veio de grandes queimadas que atingem também a Argentina e o Paraguai.